Saiba como identificar e tratar o câncer de próstata

Urologista Clóvis Fraga foi o entrevistado do Canal Saúde desta quinta-feira (20)

O câncer de próstata costuma ser uma doença silenciosa, sobretudo no seu início. Boa parte das vezes pode ser suspeitado apenas por alterações nos níveis de PSA ou no exame de toque retal. Mas alguns sintomas podem indicar que a doença pode estar presente. Para falar sobre o assunto, o âncora Jota Batista  conversou, no Canal Saúde desta quinta-feira (20), veiculado pela Rádio Folha 96,7 FM com o Urologista Clóvis Fraga.

 
Durante a entrevista, o especialista explicou que o câncer de próstata perde apenas para o câncer de pele, e é uma doença silenciosa. Por este motivo, o médico alerta para a necessidade de exames periódicos.

A questão da doença ser silenciosa, é pelo fato do tumor crescer lentamente no tecido prostático. Muitas vezes, o paciente sem sintomas acha que não precisa procurar o médico, por não sentir dificuldade para urinar, não sentir dor, não sentir nada. Por este motivo, deixa de ir ao urologista para fazer o exame de prevenção”, alertou o médico. 

Clóvis Fraga também falou a respeito dos exames de prevenção. Ele explicou que existem dois tipos de exames que são mais comuns, o exame do PSA e o famoso exame do toque retal. 

Os exames  de prevenção são os PSA que é um antígeno produzido pela próstata. O PSA (do inglês Antígeno Específico da Próstata) não é específico do câncer, mas é específico da próstata, pois quando ele tá alterado, pode ajudar a fazer que a gente pense que um tumor esteja se desenvolvendo. Assim como o toque retal que, 20% das vezes, a gente consegue perceber nódulos sólidos na próstata ainda em fase inicial, e isso faz a gente suspeitar da doença”, explicou Clóvis.

O urologista, finalizou explicando que o tratamento clássico é a prostatectomia radical, que os tratamentos são diferentes e dependem do quão avançada está a doença.

Como é uma doença multifocal, a gente não consegue tirar apenas um segmento da próstata, temos que fazer a prostatectomia radical, que é a retirada completa da próstata. Retira toda essa peça e faz sutura, ou seja, juntamos de volta a bexiga na uretra para que o homem possa urinar normalmente.  Em tumores um pouco mais avançados é possível que a gente precise, além da retirada completa (do órgão), também retirar os gânglios que ficam junto da próstata, pois é o primeiro ponto de progressão da doença”, finalizou o médico. 

A entrevista na íntegra está no Podcast Canal Saúde. Você escuta clicando no player abaixo, ou no seu agregador de podcast preferido.