Vídeo revela conversa em clima amistoso de policial com Roberto Jefferson após ataque
"O que o senhor precisar a gente vai fazer", diz o policial ao ex-deputado federal
Vídeo que circula nas redes sociais mostra momento em que o ex-deputado federal Roberto Jefferson conversa com um policial após atirar com fuzil e jogar duas granadas contra agentes da Polícia Federal (PF) que foram à sua casa para prendê-lo. Jefferson foi preso na noite do domingo (23), em Comendador Levy Gasparian, interior do Rio de Janeiro. No ataque do ex-deputado, um delegado e uma agente ficaram feridos.
"O que o senhor precisar a gente vai fazer", diz o policial a Jefferson. A fala gerou incômodo entre delegados da PF, segundo informou o Estado de S.Paulo, uma vez que o ex-deputado feriu a agente Karina Miranda e o delegado Marcelo Vilela. A identidade do policial que aparece negociando a rendição de Jefferson não foi divulgada.
No vídeo, também aparece o ex-candidato à Presidência pelo PTB, Padre Kelmon, que assumiu a titularidade da chapa após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferir o registro de Roberto Jefferson.
Roberto Jefferson tenta explicar ao policial o momento do ataque: "Não atirei neles. Eles sabem disso. Eles podem ter pego um rescaldo", diz Jefferson em outro trecho da gravação. O clima no local é amistoso e o policial chega a rir.
O ex-deputado também relatou que viu que os policiais não portavam colete à prova de balas. "Vocês não têm como me levar, vocês não estão armados. Todo mundo sem colete", disse o ex-deputado.
"Só um que atirou em mim, um magrinho, mas eu não atirei nele. Ele que me atirou primeiro", completou Jefferson, que ainda afirmou que esse policial ficou três vezes em sua mira.
"Não atirei, quando eles correram atrás da viatura, eu joguei a granada na frente", disse o ex-deputado ao prosseguir com a explicação e citar o momento em que lançou as granadas. "Quando eles correram, desceram a ladeira, joguei outra [granada]”, disse.
Jefferson contou ter lançado mais uma granada depois dos disparos feitos por um policial federal e alegou ter atirado em um momento em que o carro dos policiais estava vazio. "Tiro eu dei no carro quando não tinha ninguém", completou o ex-deputado federal.