Número de empresas denunciadas por assédio eleitoral passa de 1.000
Região Sudeste lidera registros de casos, com 447 empresas denunciadas
A seis dias do segundo turno das eleições, o número de empresas denunciadas por assédio eleitoral este ano subiu para 1092, ultrapassando os mil casos nesta segunda-feira, segundo o Ministério Público do Trabalho. No total, foram 1.367 denúncias, pois uma empresa pode ser alvo de mais de uma denúncia.
Dados do órgão mostram que a região Sudeste lidera as denúncias, com 447 empresas denunciadas, em 555 casos. Em seguida, aparece a região Sul, com 321 empresas; depois, Nordeste, com 201 empresas; Centro-oeste com 90; e Norte, com 33.
Já o número de denúncias de assédio eleitoral recebidas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) chegou a 1.367. Na sexta-feira passada, eram 1.155, o que representa uma alta de 18% apenas no fim de semana e nesta segunda-feira. Os relatos de patrões que tentam pressionar funcionários para votarem em seus candidatos explodiram após o primeiro turno do pleito. Em 2018, foram apenas 212 denúncias sobre a prática.
De acordo com a legislação, o assédio eleitoral ocorre quando alguém tenta constranger, ameaçar ou coagir alguém para que a pessoa vote em determinado candidato.
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Até o fim da semana passada, o MPT havia movido nove ações civis públicas e celebrado 34 Termos de Ajuste de Conduta (TAC) com empresários que praticaram assédio eleitoral. Além disso, o órgão obteve seis liminares relacionadas a denúncias sobre o crime.
Autoridades tem manifestado preocupação com o tema após a explosão de denúncias. Na semana passada, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, classificou a prática como "lamentável" e afirmou que buscaria soluções para responder ao problema.
— Não é possível que em pleno século 21 se queira coagir o empregado— afirmou Moraes na ocasião.