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Prévia da inflação volta a subir em outubro após dois meses de queda

IPCA-15 avançou 0,16% no mês. Preços dos alimentos voltam a subir, assim como custos com saúde. Combustíveis desaceleram

IPCA-15 avançou 0,16% no mês - Tânia Rego/ Agência Brasil

Após dois meses seguidos de deflação no Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, o indicador avançou 0,16% no mês, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (25). A inversão se deu por causa da alta dos alimentos e dos custos com saúde, ao mesmo tempo em que os preços dos combustíveis desaceleraram.

No acumulado de 12 meses, o índice sobe 6,885%, abaixo dos quase 8% dos 12 meses imediatamente anteriores.

No mês passado, o indicador recuou 0,37%, puxado principalmente pela queda nos preços dos da gasolina e do diesel, refletindo o corte do ICMS para essa categoria e a queda do preço do petróleo, que levaram a sucessivas quedas dos valores praticados pela Petrobras.

Mas a gasolina voltou a subir na bomba nas últimas duas semanas, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O IPCA-15 ainda não captou esse movimento, pois a coleta de preços vai até 13 de outubro. Mas já aponta uma desaceleração nos preços.

O grupo Transportes recuou 0,64% em outubro, bem menos que os 2,35% que no mês anterior. O etanol (-9,47%) e a gasolina (-5,92%) foram os que apresentaram as maiores baixas. Por outro lado, as passagens aéreas saltaram 28,17% em outubro, mais que o triplo do registrado em setembro.

Um dos fatores que contribuíram para o retorno do IPCA-15 para o terreno positivo foram os preço de Alimentos e bebidas, que subiram 0,21%. Esse grupo havia recuado em setembro. Leite longa vida (-9,91%) e o óleo de soja (-3,71%), que contribuíram para a queda no indicador em setembro, continuaram a cair, mas em ritmo mais leve.

O grupo Saúde e cuidados pessoais subiram 0,8% em outubro, refletindo sobretudo o aumento dos planos de saúde. O aumento nos preços de itens de higiene pessoal também influenciou a alta no grupo. Em setembro, o ritmo de alta do grupo havia sido um pouco maior, de 0,94%.