Alta das passagens aéreas leva empresas a optarem por "Uber aéreo" e recorrerem a viagens de ônibus
Preços dos bilhetes subiu 14,24% em 12 meses, acima da inflação do período. Ponte aérea Rio-São Paulo dobrou de preço desde 2019
As passagens aéreas não param de subir. Segundo o IBGE, nos últimos 12 meses até abril, as passagens subiram 14,25%, índice maior que o IPCA, a inflação oficial do país, no mesmo período, de 12,13%. A ponte aérea Rio-São Paulo dobrou de preço desde 2019.
Se o consumidor pensa duas vezes antes de programar uma viagem, a situação é mais sensível para as empresas, que habitualmente pagam bilhetes mais caros pela flexibilidade para remarcações e por compras sem muita antecedência.
No momento em que as companhias suspendem restrições sanitárias e tentam retomar os encontros de negócios, a disparada de preços está limitando as viagens a trabalho.
A alternativa nas empresas para cortar custos tem sido apelar para eventos híbridos, viajar de carro ou ônibus, comprar passagens com ao menos um mês de antecedência e até optar por voos compartilhados em jatinhos particulares, uma espécie de Uber aéreo autorizado recentemente pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
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