Sanções

Canadá anuncia sanções contra executivos russos e emite títulos para apoiar Ucrânia

Sanções visam à gigante de petróleo e gás, Lukoil, e a funcionários do alto escalão da Gazprom

Canadá - Divulgação

O Canadá anunciou nesta sexta-feira (28) novas sanções contra 35 pessoas e seis empresas do setor de energia russo, bem como uma emissão de títulos para apoiar a Ucrânia.

As sanções visam à gigante de petróleo e gás ,Lukoil, e a funcionários do alto escalão da Gazprom e de suas subsidiárias, bem como aos ministros de Energia e Indústria da Rússia, ao vice-primeiro-ministro, Alexander Novak, e ao ex-premier Viktor Zubkov.

O ex-jogador da Liga Nacional de Hóquei Alexander Frolov e o mestre do xadrez Anton Demchenko também estão na lista, que inclui agora mais de 1.400 pessoas e entidades acusadas de cumplicidade na invasão russa à Ucrânia.

O dinheiro arrecadado com a emissão dos títulos, de cinco anos, tem como objetivo ajudar Kiev a pagar as pensões e "manter as luzes acesas", informou o premier canadense, Justin Trudeau, em entrevista coletiva. "Os títulos soberanos ucranianos são uma forma de os canadenses contribuírem diretamente para a luta contra a Rússia, a fim de apoiar o povo e o governo ucranianos."

Os funcionários não disseram quanto Ottawa espera arrecadar com a emissão dos títulos, aberta a compradores estrangeiros. Os recursos serão canalizados por uma conta do Fundo Monetário Internacional (FMI) criada em abril para subsídios e empréstimos à Ucrânia.

O Congresso Canadense Ucraniano (UCC, sigla em inglês), grupo comunitário que representa a diáspora, elogiou a medida do governo Trudeau de oferecer "um investimento inovador em um futuro pacífico, democrático e justo, não apenas para a Ucrânia, mas para toda a Europa".

A diáspora ucraniana soma mais de 1,36 milhão de pessoas no Canadá, o que a torna uma das maiores do mundo, segundo o censo de 2016.