Transição

Na primeira ida a Brasília após as eleições, Alckmin vai discutir o Orçamento de 2023

Maior prioridade de Lula hoje é garantir Auxílio Brasil de R$ 600 no próximo ano

Geraldo Alckmin - Divulgação

Escolhido como coordenador da transição pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) fará a primeira viagem a Brasília nesta semana e terá como um dos assuntos principais na pauta as discussões sobre o Orçamento de 2023 .

Alckmin vai se reunir com o relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (PMDB-PI), na quinta-feira (3) pela manhã. O senador eleito Wellington Dias (PT-PI), escolhido por Lula para liderar as conversas sobre Orçamento, também vai participar do encontro, assim como lideranças do PT.

O relator do Orçamento de 2023 tem se mostrado à disposição do PT para fazer um parecer em linha com as demandas do partido. A maior delas é manter o Auxílio Brasil em R$ 600, já que o benefício nesse valor só vale até dezembro. Essa questão, portanto, precisa ser negociada por Lula antes mesmo de tomar posse.

O diagnóstico da equipe de Lula é de que o Orçamento da forma como foi enviado pelo presidente Jair Bolsonaro, em agosto, não se sustenta e precisará ser recomposto em uma série de áreas, como educação, saúde e investimentos públicos.

Para fazer qualquer movimento, porém, será preciso ter clareza sobre o tamanho da “licença para gastar" que está sendo discutida por aliados de Lula para o próximo ano. O próprio senador tem falado que só é possível fechar seu parecer quando houver clareza sobre o espaço necessário no Orçamento do próximo ano. Esse espaço precisará ser aprovado pelo atual Congresso Nacional.