Com satélite batizado em homenagem ao Sport, NASA promove evento "SENAI: Futuros Espaciais"
Jim Spann, cientista líder em Clima Espacial na NASA, foi quem decidiu nomear o nanossatélite 6U de SPORT (Scintilation Prediction Observations Research Task)
Estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas receberam nesta quinta (3), na Concha Acústica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a visita de pesquisadores da NASA (National Aeronautics and Space Administration) ou (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço), em português. O evento, promovido pelo SENAI, chamado “Futuros Espaciais”, tem como meta estimular o desenvolvimento do setor aeroespacial entre as comunidades acadêmicas e empresariais locais, contando com a parceria da agência especial dos Estados Unidos.
Foram apresentadas ao público algumas iniciativas que a NASA está desenvolvendo. Uma delas tem forte relação com Pernambuco: o lançamento do satélite SPORT (Scintillation Prediction Observations Research Task) ou (Tarefa de Pesquisa de Observações de Previsão de Cintilação), em tradução livre. O nome, que faz alusão ao clube rubro-negro, não é mera coincidência.
“Nasci nos Estados Unidos, mas moro no Brasil desde os cinco anos. Aos seis, vim para o Recife. Fui criado como brasileiro e comecei a torcer pelo Sport, jogando até basquete por lá. Quando veio a hora de botar o nome do satélite, vi que poderia fazer essa homenagem ao clube. Além disso, é uma ótima oportunidade de usar o nome do Sport também para transmitir aos jovens o gosto por estudar áreas como engenharia, matemática e outras que podem ser importantes no futuro”, disse Jim Spann, cientista líder em Clima Espacial na NASA.
Com lançamento programado para novembro, uma das principais missões do nanossatélite SPORT – treinar os alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em tecnologias espaciais – já foi realizada com sucesso. O projeto investigará a anomalia magnética do Atlântico Sul para entender melhor as condições que causam o crescimento das bolhas de plasma. Essas "falhas" são comuns em regiões tropicais e causam erros nas posições GPS dos receptores utilizados em veículos em terra, mar e ar.
Também foram apresentados o projeto Heliophysics Big Year e o Programa Artemis, que irá enviar a primeira mulher e a primeira pessoa negra para a lua em 2024. Fizeram parte do encontro a Agência Espacial Brasileira (AEB), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Além de Spann, participaram Shelia Nash-Stevenson, engenheira da NASA e gerente do projeto SPORT; Pedro Cabral, natural de Recife, engenheiro do ITA e do projeto SPORT; e Denise Hill, Comunicações e Liderança de Divulgação da NASA. A equipe discutiu temas como clima espacial, tecnologia de satélite, e outros empreendimentos espaciais.