Futebol

"Há respeito profissional e humano com cada um", diz técnico sobre ausentes na Copa

Treinador não levou alguns nomes como Phillipe Coutinho, lesionado, e Gabigol, campeão da Libertadores pelo Flamengo

Gabigol, atacante do Flamengo - Mauro Pimentel / AFP

Toda lista de convocação da Seleção Brasileira para Copa do Mundo tem o lado da vibração dos jogadores chamados e, por outro lado, a frustração dos atletas que ficaram fora do grupo. Nos selecionados para o Catar, em 2022, alguns nomes que tiveram oportunidades no ciclo de preparação não integrarão o elenco. Uns por questões físicas, como o lateral-esquerdo Guilherme Arana e o meia Phillipe Coutinho. Outros por opção técnica, como o atacante Gabigol.

"Uma vez o pessoal colocou qual era o conselho que eu daria (para quem não foi chamado). Não dou conselho. A resposta que dou é: quando estivemos juntos, cada um sentiu o comportamento da comissão técnica com eles. É difícil, mas há um respeito profissional e humano com cada um deles. Mais do que falar publicamente, nosso comportamento no dia a dia com cada um deles. Ali você vê se te dão atenção. Escolhas te trazem o peso de deixar alguém fora”, disse o técnico Tite.

Fábio Mahseredjian, preparador físico da seleção, confirmou que conversou com Coutinho antes do anúncio dos convocados. "Falei com ele ontem, estava muito, mas muito abalado, muito triste. Eu e todos nós ficamos, a dor passa para a gente. Foi o sentimento que tive, de tanto que gostamos dele, como atleta e pessoa”, pontuou.



Nove atacantes

No Catar, o Brasil aproveitou o fato de poder convocar três jogadores a mais do que o padrão em Copas do Mundo e montou uma lista com nove atletas ofensivos: Raphinha, Antony, Vinícius Júnior, Rodrygo, Neymar, Gabriel Martinelli, Gabriel Jesus, Richarlison e Pedro. 

“Quero bater em uma tecla de equilíbrio. Isso é fundamental não somente no esporte, mas na vida. Temos uma geração de atletas em alto nível, se convocando. Eles estão buscando isso. Na medida em que existe uma versatilidade, faz com que a gente priorize ter atletas importantes do meio para frente. Para vencer, vamos precisar de criação e gol”, declarou, pregando o Brasil como um dos favoritos ao título.

“Essa confiança e o desempenho dos atletas geram essa sensação, mas não tenho marcado que é (o favorito). Vejo em uma crescente boa. Com um jogo só (no mata-mata), a margem de erro fica pequena. Mais do que na Copa do Brasil, que tem ida e volta. Mas, na minha opinião, o Brasil é um dos favoritos”, sentenciou.