ONU pede "libertação imediata" do militante Alaa Abdel Fattah no Egito
Crítico do presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi, ele parou de comer e beber
O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, exigiu nesta terça-feira (8) a libertação do preso político mais conhecido do Egito, Alaa Abdel Fattah, que parou de comer e beber.
Türk "lamenta profundamente que as autoridades egípcias ainda não tenham libertado o blogueiro e militante" cuja "vida está em sério perigo", disse Ravina Shamdasani, porta-voz do alto comissário, durante a coletiva de imprensa da ONU em Genebra.
"Estamos extremamente preocupados com a saúde dele", afirmou Shamdasina, especialmente porque a família do ativista não conseguiu "entrar em contato com ele nos últimos dois dias".
Türk abordou o caso de Alaa Abdel Fattah com as autoridades egípcias na sexta-feira (4), observou a porta-voz.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, fez o mesmo com as autoridades egípcias à margem da COP27, que está sendo realizada em Sharm el Sheikh, no Egito.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e o presidente francês, Emmanuel Macron, também aproveitaram a COP27 para se referir ao caso do ativista, de nacionalidade britânica e egípcia e um dos ícones da revolta popular de 2011 no Egito.
Desde 2 de abril, Alaa Abdel Fattah, um crítico do presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi, não toma mais do que um copo de chá e uma colher de mel por dia na prisão de Wadi al-Natrun, ao noroeste do Cairo.
Preso várias vezes desde 2006, ele parou totalmente de comer na terça-feira passada (1º) e de beber no domingo (6), quando começou a COP27 do outro lado do país.