Ativista presa no Camboja inicia greve de fome antes da visita de Biden
Biden participa neste fim de semana da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN)
Uma ativista de dupla nacionalidade cambojana-americana iniciou uma greve de fome de uma semana para protestar contra suas condições de prisão antes da visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao Camboja.
A advogada e militante Theary Seng, muito crítica do primeiro-ministro cambojano Hun Sen, foi condenada a seis anos de prisão por traição em junho, como parte de um julgamento maciço denunciado como "político" pela comunidade internacional.
Sua greve de fome ocorre antes da visita de Biden à capital Phnom Penh neste fim de semana para participar da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). O presidente dos EUA também deve se reunir com o primeiro-ministro Hun Sen.
Em um comunicado na segunda-feira, a equipe da ativista de 51 anos "pede ao presidente que pressione Hun Sen para obter a liberdade de Theary".
Jared Genser, seu advogado americano, afirmou que Theary está sendo privada de direitos concedidos a outros prisioneiros, "particularmente o acesso semanal a serviços religiosos e a possibilidade de fazer chamadas telefônicas".
Hun Sen, um ex-combatente do Khmer Vermelho, é um dos líderes mais antigos do mundo e comanda o país por 37 anos.