Educação

Coordenador de Educação para o novo governo, Paim vai priorizar orçamento da merenda escolar

Ex-ministro participou de reunião nesta terça-feira e diz que combate à fome é preocupação número um

Henrique Paim - Antonio Cruz/ Agência Brasil

Após uma reunião com educadores em São Paulo nesta terça-feira, o ex-ministro Henrique Paim enfatizou a necessidade da merenda escolar entrar no rol de prioridades no orçamento de 2023. Conforme antecipado pelo jornal O Globo, Paim foi confirmado nesta manhã como o coordenador do núcleo de Educação da equipe de transição.

A despesa de alimentação dos alunos deve estar inclusa na chamada PEC da Transição do governo eleito — a medida deve abrir um espaço fiscal estimado em R$ 175 bilhões para o ano que vem. Caso esse texto seja aprovado no Congresso, o governo poderia bancar o Bolsa Família de R$ 600, farmácia popular e ampliar recursos para Educação com itens como merenda, creche e até custeio das universidades.

Desde eleito no último dia 30, o governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), traça estratégias para aumentar os gastos na área social.

"A palavra mais ouvida aqui foi a questão da recomposição do orçamento (...) A ideia é que esse grupo possa indicar prioridades. Uma das questões é a fome e a alimentação escolar, que é um ponto importantíssimo  afirmou o coordenador do núcleo de Educação na transição.

Paim é cotado para integrar o futuro ministério junto com Izolda Cela, que é governadora do Ceará. Izolda não participou do encontro, mas seu marido Veveu Arruda, que é filiado ao PT, participa do grupo de cerca de 50 pessoas que colabora com a transição na Educação.

Nomeação 'preocupante' da irmã de Guedes
Paim também considerou como "preocupante" a nomeação da empresária Elizabeth Guedes pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no Conselho Nacional de Educação. Elizabeth é irmã do ministro Paulo Guedes e atua no setor de ensino privado.

Ela é presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup). O conselho é um órgão de assessoramento do Ministério da Educação (MEC) e entre as suas atribuições está a aprovação de novos cursos de ensino superior. Também presente ao evento, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad demonstrou apreensão com a nomeação da irmã de Guedes.

Participaram ainda da reunião integrantes do grupo de voluntários e colaboradores da transição na área de Educação como Claudia Costin, ex-secretária municipal de Educação do Rio, a socióloga Neca Setubal e Priscila Cruz, que é representante do Todos pela Educação.