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Brittney Griner: jogadora de basquete dos EUA será transferida para colônia penal russa

Atleta foi presa em fevereiro em um aeroporto de Moscou com cartuchos de óleo de cannabis

Brittney Griner

A jogadora americana de basquete Brittney Griner está sendo transferida para uma colônia penal russa, segundo afirmou os advogados da atleta, na manhã desta quarta-feira (9) em Moscou. A estrela da WNBA vai cumprir o restante de sua sentença depois que o tribunal negou seu recurso para reduzir sua pena de prisão por posse de drogas no mês passado.

De acordo com a equipe de defesa, não há detalhes do local para onde ela está sendo levada. No entanto, o presidente dos EUA, Joe Biden, pediu a Moscou que "melhore o tratamento e as condições a que pode ser exposta" nesta colônia, disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

Em outubro, a Justiça da Rússia negou o recurso da jogadora e confirmou a sentença de nove anos de prisão. Na ocasião, Brittney voltou a dizer que não tinha a intenção de entrar com o produto na Rússia.

Ela foi presa em fevereiro em um aeroporto de Moscou com cartuchos de óleo de cannabis. Segundo a defesa, Griner usa cannabis medicinal para o tratamento de dores. A jogadora da WNBA e da seleção norte-americana, considerada uma das melhores do mundo, especificou que teve permissão de um médico americano para usar cannabis medicinal para aliviar a dor de suas muitas lesões "da coluna à cartilagem".
 

Bicampeã Olímpica — 2016 e 2020 — e atleta do Phoenix Mercury, da WNBA, Griner traçou um caminho seguido por várias jogadoras americanas e, em busca de salários vultuosos, aceitou o convite para jogar no UMMC Ekaterinburg durante a intertemporada no basquete dos EUA. Em fevereiro, quando estava a caminho da cidade nos Montes Urais, foi presa no aeroporto de Sheremet’evo, em Moscou, depois que agentes de segurança encontraram ampolas de óleo de haxixe, alegadamente para uso médico, em sua mala.

A legislação russa é extremamente dura com substâncias proibidas — em 2019, o motorista Robson Oliveira foi detido também na capital russa ao tentar entrar no país com caixas de Mytedon (Cloridrato de metadona), medicamente vetado na Rússia. Ele só foi liberado dois anos depois, após mediação do governo brasileiro.