bélgica

Policial belga foi morto por ex-detento radicalizado que buscava ajuda psicológica

O homem constava nos arquivos da agência belga de análise de ameaças terroristas

Policial belga foi morto por ex-detento radicalizado que buscava ajuda psicológica - Kenzo Tribouillard / AFP

O homem que atacou uma patrulha policial na noite de quinta-feira (10) e esfaqueou fatalmente um agente em Bruxelas é um ex-presidiário radicalizado que havia buscado apoio psiquiátrico e fazia "comentários incoerentes" – anunciou a Promotoria belga nesta sexta-feira (11).

O suspeito foi identificado como Yassine M., um belga de 32 anos nascido e residente em Bruxelas. De acordo com a Promotoria, o homem constava nos arquivos da agência belga de análise de ameaças terroristas (OCAM).

"Era conhecido na Justiça por crimes comuns que o levaram a ser preso entre 2013 e 2019", disse a Promotoria.

De acordo com uma fonte ligada ao caso, o homem se apresentou na manhã de ontem em uma delegacia de polícia de Bruxelas para pedir apoio psicológico.

"Fez comentários incoerentes, falou de ódio contra a polícia", relatou o promotor de Bruxelas, Tim De Wolf, nesta sexta.

A pedido de um juiz, o homem foi acompanhado por policiais até a unidade psiquiátrica de um hospital de Bruxelas, onde foi atendido. Mais tarde, porém, deixou o hospital em condições que a investigação deverá esclarecer.

Segundo o promotor, o homem "não preenchia os critérios legais" para a reclusão obrigatória, porque era "voluntário" na recepção de tratamento.

O ataque à patrulha policial ocorreu nesta quinta-feira à noite no município de Schaerbeek, em Bruxelas. De acordo com a Promotoria, o homem atacou uma patrulha policial que estava parada em um sinal.

O policial que conduzia a patrulha foi ferido por um objeto cortante no pescoço. O segundo agente recebeu um ferimento no braço, mas conseguiu pedir socorro. A patrulha que chegou como reforço feriu o agressor a tiros.

Identificado como Thomas M., de 29 anos, o policial ferido no pescoço não resistiu e morreu no hospital.

Além do perfil psicológico do suspeito, a investigação aberta por "homicídio e tentativa de agressão em contexto terrorista" analisará seus antecedentes prisionais.