Morre, aos 98 anos, a artesã Maria Amélia, Patrimônio Vivo de Pernambuco
Ceramista era uam das referências na arte do barro em Tracunhaém
A artesã Maria Amélia, mestra do barro de Tracunhaém, na Zona da Mata do Estado, faleceu nesta sexta-feira (11), aos 98 anos. Ela estava internada há uma semana no Hospital Nossa Senhora das Graças, na Zona Sul do Recife.
Segundo Ricardo da Silva, filho de Maria Amélia, a ceramista deu entrada na unidade de saúde para tratar de uma infecção na perna, mas acabou contraindo Covid-19. O sepultamento da artista será na tarde desta sexta-feira (11), no Cemitério de Tracunhaém.
Em respeito à morte de Maria Amélia, o 22º Tipoia Festival, que ocorre em Tracunhaém, suspendeu sua agenda do dia. De acordo com o comunicado pela organização do evento, as atividades previstas serão remarcadas para outra data. Já as programações de sábado (12) e domingo (13) seguem mantidas.
Maria Amélia recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco em 2011. Sua trajetória com a arte do barro começou ainda aos oito anos de idade, influenciada pelo pai, João Bezerra da Silva, o Mestre Dunde.
Ao longo dos anos, Maria Amélia desenvolveu sua obra com foco na liturgia católica. Imagens de São João do Carneirinho, São Francisco de Assis e Nossa Senhora da Conceição estão entre as peças assinadas por ela e que influenciaram outras gerações de artesãos.
Em nota de pesar, o governador Paulo Câmara, afirmou que “a cultura de Pernambuco e a arte popular brasileira amanheceram de luto” pela morte de Maria Amélia. “Nesse momento, manifesto minha solidariedade aos familiares, amigos e admiradores”, escreveu.