Argentina

Argentina lança outro acordo de preços para conter inflação

A Argentina registra um aumento acumulado de preços no varejo de 66,1% até setembro

Peso argentino. O banco central do país estima que os domicílios e as empresas não financeiras do país detenham mais de US$ 230 bilhões em ativos financeiros estrangeiros, principalmente em dólar americano - Maxi Gagliano / Pexels

O governo argentino lançou outro acordo de preços com mais de uma centena de grandes empresas, em uma nova tentativa de conter a inflação descontrolada que pode fechar em 100% este ano, uma das mais altas do mundo.

"São mais de 1.700 produtos que nos próximos quatro meses devem valer o mesmo. Quando o esquema estiver concluído, serão cerca de 2 mil produtos", disse o ministro da Economia, Sergio Massa, em ato perante empresários e autoridades.

A Argentina registra um aumento acumulado de preços no varejo de 66,1% até setembro, apesar de ter lançado quase uma dezena de programas de acordos de preços.

"A inflação se resolve com uma política fiscal ordenada, com acúmulo de reservas e trabalho com cadeias de insumos", afirmou Massa.

A Argentina definiu com o Fundo Monetário Internacional um déficit fiscal de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, em um programa de crédito de 44 bilhões de dólares.

"Há um compromisso das redes de supermercados e atacadistas de rejeitar as empresas que violam o acordo sobre as tabelas de preços", explicou Massa, ministro nomeado em julho pelo presidente Alberto Fernández (centro-esquerda).

A economia argentina crescerá 4% este ano, segundo a última estimativa do FMI.