Rio de Janeiro

Polícia investiga duas novas denúncias de crimes sexuais contra Gabriel Monteiro

Em uma das situações, vítima teria tido a roupa arrancada e sido obrigada a fazer sexo oral em ex-vereador; defesa disse desconhecer casos

Ex-vereador Gabriel Monteiro - Fernando Frazão/Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio investiga dois novos casos envolvendo acusações de crimes sexuais contra o ex-vereador e youtuber Gabriel Monteiro, preso na última segunda-feira (7) sob uma acusação de estupro. Os registros, feitos por duas mulheres, ocorreram na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) na terça-feira, um dia depois da prisão de Monteiro. As investigações ainda estão na fase inicial e testemunhas terão que ser ouvidas. Mas, em pelo menos um caso, a linha de investigação aponta que pode ter havido um estupro. A defesa de Gabriel Monteiro disse desconhecer as denúncias.

A existência dos dois novos registros foi revelada por reportagem do SBT e confirmada pelo GLOBO. Segundo a reportagem do SBT, que teve acesso ao registro, o caso que envolve a suspeita de estupro teria acontecido em junho de 2021. Uma assistente administrativa de 23 anos contou à polícia que já conhecia Gabriel pelas redes sociais desde 2018. No dia da festa na antiga casa que o ex-vereador alugava no Condomínio Mansões, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, ele teria se aproximado dela, a acariciado e beijado, sem autorização. Depois, a teria obrigado a fazer sexo oral.

Assustada, a mulher declarou à  polícia ter bebido como forma de tentar esquecer que aconteceu. Segundo o SBT, ela afirmou que acordou  no sofá, com Gabriel nu. O ex-vereador teria levantado a blusa da jovem e retirado seu short. A mulher disse que ficou se debatendo, pedindo para que ele parasse.

O segundo caso sendo investigado pela polícia envolve o relato de uma vendedora, também de 23 anos. Segundo o SBT, ela também fez acusações de violência sexual contra o ex-parlamentar, com quem afirmou  ter iniciado um relacionamento após eles se conhecerem também por redes sociais, em junho de 2020. A mulher  disse que teria trabalhado na campanha de Monteiro para vereador no mesmo ano.

A vendedora relatou ainda que ela voltava de um ato de campanha quando Gabriel a teria obrigado a manter relações sexuais na frente do motorista, quando o carro trafegava pela ponte Rio-Niterói. Segundo o SBT, a mulher disse anda que  durante a campanha eleitoral, e o x-vereador  sempre a oferecia para fazer sexo com os  seguranças. Ela também acusou o ex-vereador de ter apertado seu pescoço contra a parede, porque não concordava com o modo dele de pensar.

O advogado de Gabriel Monteiro, Sandro Nascimento, disse que ainda não foi informado sobre os dois novos registros.