Estrelas do filme 'Babilônia' refletem sobre a relação de Hollywood com as drogas
Filme teve sua primeira exibição para críticos na segunda-feira (14) na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles
Hollywood deixou para trás seus antigos excessos relacionados às drogas, afirmaram Brad Pitt e Margot Robbie, protagonistas do filme "Babilônia", sobre o hedonismo da meca do cinema dos anos 1920, um forte concorrente ao Oscar.
O aguardado filme do diretor Damien Chazelle, de "La La Land - Cantando Estações", teve sua primeira exibição para os críticos na noite de segunda-feira (14) na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles, que distribui os principais prêmios da indústria.
Tobey Maguire e Jean Smart também estrelam "Babilônia", que narra a transição do cinema mudo para o falado do ponto de vista de cineastas e atores de Hollywood, a maioria fictícios, em meio a festas cheias de cocaína e filmagens caóticas, tudo contado com imagens explícitas.
Questionada em uma discussão pós-exibição se o filme a deixou nostálgica pela chamada "Era de Ouro" da indústria cinematográfica, Robbie observou que "há menos drogas agora" em Hollywood. "Infelizmente é verdade!", brincou Pitt.
Chazelle fez história no cinema em 2017, quando se tornou o mais jovem vencedor do Oscar de Melhor Diretor, aos 32 anos, por "La La Land", uma ode aos musicais de Hollywood. Ele já havia sido indicado ao Oscar de Melhor Roteiro por "Whiplash: Em Busca da Perfeição" (2014).
"Babilônia" é um dos últimos candidatos ao Oscar a ser apresentado à Academia. O filme estreia em 23 de dezembro na América do Norte. No resto do mundo estará nos cinemas em janeiro de 2023.
Durante três horas, o filme retrata a Los Angeles dos anos 1920 e 1930, com suas suntuosas festas com drogas, elefantes e dançarinas de topless e suas caríssimas filmagens no deserto californiano.
Ele também aborda questões como o racismo e o efeito devastador que a mudança tecnológica teve sobre as estrelas do cinema mudo, muitas das quais foram abandonadas quase da noite para o dia pela indústria.
Chazelle disse que se inspirou após ler sobre o "estranho fenômeno em que, no final da década de 1920, houve uma onda de suicídios, mortes que parecem ter sido overdoses de uma droga suicida".
Esse fenômeno coincidiu com a transição para o cinema falado em Hollywood e é o que "deu aquela cara brutal", segundo o diretor, que criou seus personagens a partir de vários astros e magnatas da época. As críticas de "Babilônia" permanecem sob embargo até seu lançamento.