Alckmin afirma que saída de Mantega da transição foi "injusta"
Ex-ministro da economia estava de forma voluntária no grupo do presidente
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta quinta-feira que a saída de Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, da equipe de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi uma “coisa injusta” porque ele seria voluntário. Ele atuaria no grupo do presidente eleito que trata do planejamento e orçamento.
— Eu liguei para agradecer ao ministro Guido Mantega. Eu acho uma coisa injusta, porque ele seria um colaborador voluntário, não ia ganhar nada, trabalho voluntário, não seria nomeado para nenhum cargo. Mas ele se antecipou e pediu para ser excluído. Mas a rigor é uma coisa injusta. Não está sendo nomeado para cargo nenhum.
Em uma carta enviada a Alckmin, Mantega agradeceu o convite e justificou que a motivação foi "adversários interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo".
Mantega está inabilitado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a exercer cargo em comissão ou função de confiança na administração pública federal por punição envolvendo o caso das pedaladas fiscais. Por isso, ele não seria nomeado para nenhum cargo e iria trabalhar na transição de forma voluntária.