guerra na ucrânia

Gazprom acusa Ucrânia de se apropriar do gás exportado para Moldávia

A acusação ocorre em um momento de queda das temperaturas na Europa, o que aumentou a demanda por gás

Logo da Gazprom, maior empresa de energia da Rússia, e também a maior exportadora de gás natural do mundo - Natalia Kolesnikova / AFP

O gigante energético russo Gazprom ameaçou, nesta terça-feira (22), reduzir o fornecimento de gás para a Moldávia, após acusar a Ucrânia de se apropriar de uma parte do gás exportado para o território moldavo.

"O volume de gás fornecido pela Gazprom no ponto de passagem de Sudzha para transporte para a Moldávia, através do território da Ucrânia, ultrapassou [na verdade] o volume" que chegou à fronteira entre Ucrânia e Moldávia, denunciou a estatal russa.

Segundo a Gazprom, a Ucrânia se apropriou ilegalmente de 52,5 milhões de metros cúbicos de gás em novembro, ao reter uma parte do abastecimento que seria para outros países.

O grupo russo ameaçou "reduzir o fornecimento de gás no ponto de passagem de Sudzha (...) a partir de 28 de novembro, às 10h (4h em Brasília)", caso a Ucrânia continue se apropriando do gás exportado para outros países.

Essas ameaças ocorrem em um momento de queda das temperaturas na Europa, o que aumentou a demanda por gás, principalmente para calefação.

Antes da intervenção militar na Ucrânia, a Rússia era o principal exportador de gás para os países da União Europeia (UE).

Após o início da ofensiva, porém, os 27 países da UE acentuaram sua política de sanções contra Moscou, e o gás russo representa agora menos de 10% das suas importações de gás, segundo as autoridades europeias.