Júri delibera sobre líder de extrema direita por ataque ao Capitólio
Rhodes, um dos principais acusados negou "ter planejado" o ataque e afirmou que sua "missão" era garantir a segurança da manifestação
O júri do julgamento do fundador do Oath Keepers e de outros quatro membros desta milícia de extrema direita começou a deliberar nesta terça-feira (22) para determinar se são culpados de "sedição" durante o ataque ao Capitólio, após quase dois meses de julgamento em Washington, D.C.
Os 12 membros do júri devem dizer se o fundador do grupo, Stewart Rhodes, de 57 anos, e os outros quatro indivíduos concordaram em usar a força em 6 de janeiro de 2021, na tentativa de invalidar o resultado da eleição presidencial de 2020.
Se foremos considerados culpados, serão os primeiros participantes do ataque à sede do Congresso americano a serem condenados por "sedição", crime passível de uma pena de 20 anos de prisão. Caso contrário, será um revés para o Departamento de Justiça, que planeja julgar, em breve, membros dos Proud Boys, outra milícia que participou dos atos violentos, acusando-os do mesmo crime.
Os promotores acusaram Rhodes e os quatro membros do Oath Keepers de se prepararem para o ataque, comprando armas e equipamentos de combate que eles teriam armazenado em um hotel perto de Washington.
No dia do ataque, eles se juntaram a apoiadores do presidente republicano Donald Trump, que invadiram o Capitólio para tentar impedir que a vitória de seu então rival democrata, Joe Biden, fosse validada.
Rhodes se manteve à margem, mas, de acordo com os promotores, liderou os demais pelo rádio, "como um general no campo de batalha".
Durante o julgamento, Rhodes, reconhecível por um tapa-olho preto, negou "ter planejado" este ataque e afirmou que sua "missão" era garantir a segurança da manifestação. Seu advogado pediu sua absolvição.
Caso sejam absolvidos da acusação de "sedição", os cinco também são acusados de "associação criminosa".
Além disso, alguns réus enfrentam acusações menores, como destruição de propriedade, resistência a um policial e obstrução de investigação.
Se o júri não tomar uma decisão nesta terça-feira (22), retomará a deliberação na próxima semana.