Pegadas do "Gigante Gentil": Confira 11 músicas marcantes na voz de Erasmo Carlos
De "Sou uma criança, não entendo nada" a "Pega na mentira", relembre canções do Tremendão que marcaram o rock e a MPB
Da pegada juvenil de “Sou uma criança, não entendo nada” à ode a uma travesti em “Close”, passando pelo alerta ambiental de “Panorama ecológico”, confira uma lista com 11 músicas marcantes na voz de Erasmo Carlos.
"Minha fama de mau"
Um clássico da Jovem Guarda, de 1964, que Erasmo carregou pela carreira, sempre presente nos shows. Deu o nome à autobiografia do cantor, de 2009 (com organização de Leonardo Lichote), e ao filme de 2019, de Lui Farias, com Chay Suede no papel do Tremendão.
"Sentado à beira do caminho"
Possivelmente o maior sucesso de Erasmo como cantor, a parceria com Roberto Carlos foi lançada como single em 1969, inspirada em “Honey (I miss you)”, do cantor country americano Bobby Russell. Tem versões em idiomas como italiano, espanhol, alemão e grego.
"De noite, na cama"
Do clássico disco “Carlos, Erasmo”, de 1971, uma pensata romântica suingada, consagrada pela regravação de Marisa Monte no disco “Mais”, de 1991.
"Sou uma criança, não entendo nada"
Uma autocrítica bem-humorada, típica de Erasmo, que já não era criança ao lançá-la, em 1974, no disco “Projeto Salva Terra!”, aos 33 anos.
"Panorama ecológico"
Mais uma vez à frente de seu tempo (em 1978, no disco “Pelas esquinas de Ipanema”), Erasmo faz seu alerta ambiental, em clima soturno e forjando animais como as garoupas suadas, trutas desiludidas e andorinhas de rapina.
"Mulher (sexo frágil) minha superstar"
Duas do disco “Mulher” (de 1981, reproduzida acima), em cuja capa Erasmo aparece sendo “amamentado” pela então mulher, Nara (morta em 1995, aos 49 anos), ele, pai de três filhos homens, tece duas odes ao sexo feminino, uma mais genérica, a outra mais pessoal.
"Pega na mentira"
Típica crônica do humor de Erasmo, a parceria com Roberto Carlos, também do disco “Mulher”, se antecipa às fake news brincando com Zico no Vasco, argentinos em Copacabana, a beleza de Sonia Braga e até uma referência safadinha às drogas: “Carnaval agora é um dia só/ Sem censura e guaraná em pó, pó, pó!”
"Mesmo que seja eu"
Sucesso do disco “Amar pra viver ou morrer de amor” (1982, da famosa capa com uma ilustração em que Erasmo abre o próprio peito, do qual sai uma pomba, reproduzida acima), teve regração famosa de Marina, que brinca com a frase “Um homem pra chamar de seu”. A expressão “pra chamar de seu” ficou consagrada e é usada até hoje.
"Close"
Erasmo ousa ao homenagear a travesti Roberta Close — “A mulher mais bonita do Brasil é um homem”, diziam as manchetes na época: “Tão quente que o Sol se ressente/ seus raios batem palmas pra ela/ que acende um cigarro no corpo/ Dá um close nela!” Do disco “Buraco negro”, de 1984, ainda durante a ditadura militar.
"Mais um na multidão"
Renovando a parceria com Marisa Monte, o Tremendão gravou esta melancólica balada no disco “Para falar de amor” (2001) e recebeu Marisa em sua comemoração de 50 anos de carreira, no Theatro Municipal, quando registrou o disco ao vivo “50 anos de estrada”, em 2012.