Estado de Nova York proíbe "mineração" de criptomoedas
Vários países já proibiram a "mineração" de criptomoedas, incluindo a China
O estado de Nova York proibiu por um período de dois anos parte das atividades de "mineração" de criptomoedas, a criação de moedas virtuais que exigem consumo excessivo de energia.
É o primeiro estado dos Estados Unidos a suspender total ou parcialmente esse processo que utiliza poder computacional (taxa de hash) para obtenção de criptomoedas.
Várias empresas especializadas se apropriaram de antigas usinas desse estado da costa leste dos Estados Unidos nos últimos anos para abastecer esse processo.
Segundo a empresa especializada Digiconomist, minerar ou criar um bitcoin, a criptomoeda mais popular, requer, por exemplo, cerca de 1.150 quilowatts-hora, o equivalente ao consumo médio de uma casa americana durante 40 dias.
A proibição decretada na terça-feira refere-se ao chamado método de "mineração a prova de trabalho" (proof-of-work), considerado o mais exigente em energia e o mais utilizado.
O método consiste em uma série de cálculos complexos por computador o mais rápido possível para receber uma ou mais unidades de criptomoeda.
Esse processo está sendo substituído pelo chamado protocolo "prova de participação" (proof of stake), que não requer cálculo e, portanto, muito menos eletricidade.
A moratória deve dar tempo para o estado de Nova York realizar uma avaliação de impacto ambiental da atividade em seu território.
Vários países já proibiram a "mineração" de criptomoedas, incluindo a China, que era de longe o principal criador mundial de moedas virtuais até junho de 2021, quando suspendeu a prática.
A proibição na China provocou um êxodo que beneficiou muito os Estados Unidos, que é autossuficiente em energia e que desde então se tornou o maior produtor mundial de criptomoedas.
Na Europa, Kosovo também proibiu a mineração de moedas virtuais em janeiro de 2022, quando o país enfrentava problemas de fornecimento de energia e sofria com apagões recorrentes.