No pior jogo da Copa, Inglaterra e EUA ficam no 0 a 0 e deixam Grupo B em aberto
Partida ficou marcada por novo protesto da Inglaterra e manteve tabu americano sobre os ingleses
Em jogo fraco, Inglaterra e EUA ficaram no 0 a 0 em confronto válido pela segunda rodada do Grupo B da Copa do Mundo. O resultado deixa o grupo em aberto na última rodada e manteve o tabu americano de nunca ter perdido para os ingleses em Copas (uma vitória e dois empates).
O lance de destaque da partida foi mais um protesto inglês no começo do jogo contra a proibição da FIFA de usar a braçadeira ‘OneLove’, em apoio a causa LGBTQIA+. A entidade máxima do futebol ameaçou punir com cartão amarelo caso algum jogador usasse. No Catar, é ilegal e passível de prisão ser homessuxal.
No futebol, o que se viu no primeiro tempo foi a Inglaterra com a posse rodando a área americana, que utilizava-se dos contra-ataques para levar perigo a Pickford. Os ingleses chegaram com Kane, aos 9, que dentro da área chutou em cima do zagueiro Zimmerman, que apareceu para evitar o gol.
Aos 25, foi a vez dos Estados Unidos. Após cruzamento de Weah, McKennie, sozinho na pequena área, finalizou por cima do gol. Sete minutos depois, a chance de maior perigo do primeiro tempo saiu dos pés de Pulisic. O ponta recebeu a bola do lado esquerdo, limpou e finalizou no travessão inglês.
Os ingleses encontraram dificuldades de serem mais incisivos contra os americanos, que mesmo sem a posse, criaram as melhores chances de gol na primeira etapa.
Pouco futebol ofensivo
A segunda etapa começou morna. Nos primeiros 20 minutos, foram os EUA chegaram mais na área, mas sem ameaçar o gol inglês. O lance que mais chamou atenção foi durante uma sequência de escanteios dos Estados Unidos em que Pickford saiu mal do gol e não achou nada, mas não tinha ninguém para aproveitar a chance.
Gareth Southgate tentou movimentar a partida ao trazer Grealish e Henderson para os lugares dos apagados Sterling e Bellingham e logo depois colocou Rashford no lugar de Saka. Grealish deu mais objetividade ao ataque da Inglaterra, que passou a usar mais o lado esquerdo para construir suas jogadas.
E foi pela esquerda que surgiram as chances mais perigosas dos ingleses. Primeiro com Rashford, aos 42, que recebeu passe de calcanhar de Grealish na entrada da área e bateu colocado, sem força, nas mãos de Turner.
Já nos acréscimos, falta para Trippier cruzar na área na cabeça de Harry Kane, mas o artilheiro cabeceou mal e mandou para fora. A partida ficou marcada pelo baixo nível ofensivo das duas equipes, em 17 finalizações (sete da Inglaterra e 10 dos EUA) apenas quatro foram a gol (três a um).
Na última rodada, no dia 29 (terça-feira), o Irã (2º) enfrenta os EUA (3º), já a Inglaterra (1º) encara o País de Gales (4º), ambos os jogos começam de 12h. Os ingleses estão na vantagem do empate para passar de fase, já para os americanos só a vitória interessa.
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Ficha Técnica
Inglaterra 0
Pickford; Shaw, Maguire, Stones e Trippier; Rice, Bellingham (Henderson), Mount, Saka (Rashford) e Sterling (Grealish); Kane. Técnico: Gareth Southgate (4-2-3-1)
EUA 0
Turner; Robinson, Zimmerman, Ream e Dest (Moore); Adams, McKennie (Aaronson) e Musah; Pulisic, Wright (Sargent) e Weah (Reyna). Técnico: Gregg Berhalter (4-3-3)
Local: Estádio Al Bayt, Al Khor
Árbitro: Jesus Valenzuela/VEN
Assistentes: Jorge Urrego/VEN e Tulio Moreno/VEN
4º Árbitro: Yoshimi Yamashita/JAP
Árbitro de Vídeo (VAR): Juan Soto/VEN