Casemiro, Thiago Silva, Marquinhos...solidez defensiva do Brasil chama atenção na Copa
Equipe ficou os dois jogos iniciais do torneio sem sofrer gols, igualando marca que não acontecia desde 1986
Dois jogos sem que o goleiro Alisson fizesse uma defesa sequer. Thiago Silva e Marquinhos absolutos na zaga. Danilo (depois Éder MIlitão) e Alex Sandro cumprindo bem o papel de laterais mais marcadores, de construção por dentro. Casemiro mantendo o nível alto na cabeça de área. Em um dos times mais ofensivos que a Seleção Brasileira já montou nos últimos anos, é a defesa quem tem chamado atenção. Nas duas vitórias na Copa do Mundo de 2022, no Catar, perante Sérvia (2x0) e Suíça (1x0), o Brasil não sofreu gols. Feito que não acontecia há mais de 30 anos.
Na quase centenária história das Copas, apenas em quatro outras oportunidades o Brasil passou os dois primeiros jogos da competição sem sofrer gols. Em 1958 e 1962, ano das duas primeiras conquistas, a equipe também não foi vazada no período. A diferença, contudo, é que foram uma vitória e um empate em ambos os casos.
Em 1974, nada de gols tomados nos primeiros 180 minutos. Em compensação, dois empates em 0x0, perante a antiga Iugoslávia e a Escócia. O caso mais recente foi em 1986. Três vitórias na fase de grupos, com a defesa intacta, ganhando de Espanha e Argélia (ambos por 1x0) , além da Irlanda do Norte (3x0).
Defesa intransponível
Ser uma Seleção que não teve um chute a gol direcionado em sua meta faz com que o Brasil chegue confiante defensiva não somente para o confronto perante Camarões, na terceira partida pelo Grupo G, sexta (2), mas também para o mata-mata.
"Estamos mantendo a parte defensiva sólida para dar confiança lá na frente", frisou Thiago Silva, capitão da seleção e um dos destaques no setor. Contra a Suíça, o zagueiro foi responsável por sete roubadas de bola.
O gol que assegurou a classificação antecipada para as oitavas de final saiu dos pés justamente de outro atleta responsável por proteger a meta brasileira: Casemiro. "Acho que suportamos bem, tivemos paciência. Eles são experientes, sabem jogar o jogo. A gente precisava ter a bola para fazer o gol. No primeiro (jogo) foi no travessão, hoje tive a felicidade de fazer um grande gol, principalmente para ajudar a equipe, que é o mais importante", disse o volante. Nos dois confrontos disputados, o atleta teve 85% de acertos em passes, além de quatro desarmes direitos e 12 roubadas de bola.
50 vezes Alisson
Diante da Suíça, Alisson completou o jogo de número 50 sob o comando do técnico Tite na Seleção. Com o camisa 1 em campo, foram 38 vitórias, 10 empates e apenas duas derrotas (82,6% de aproveitamento) no ciclo de 2016 até o momento. O Brasil só foi vazado em 13 oportunidades com o jogador do Liverpool/ING.
"Eu sou muito grato pela confiança que Tite e a comissão técnica sempre depositaram em mim. Desde a minha estreia pela seleção principal, com o professor Dunga, vesti essa camisa com um enorme orgulho e não medi esforços para representar o nosso País da melhor maneira. Conquistamos títulos, fizemos jogos importantes e estou disputando a minha segunda Copa do Mundo. Eu me sinto uma pessoa extremamente privilegiada e abençoada e só tenho que agradecer por tudo o que vem acontecendo na minha vida profissional", afirmou.
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