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Covid-19: duas novas versões da BQ.1 são identificadas em São Paulo

BQ 1.1.17 e BQ 1.18 são sublinhagens derivadas da cepa que cresce hoje no Brasil e no mundo

Coronavírus - NIAID/Divulgação

Duas novas versões da subvariante BQ.1 da Ômicron, que tem provocado um aumento de casos de Covid-19 no Brasil e no mundo, foram identificadas pela primeira vez no país.

Tratam-se de dois casos de BQ 1.1.17 e um de BQ 1.18, registrados em amostras sequenciadas no Laboratório de Análises Clínicas do Centro Universitário da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). O material foi coletado de pacientes em Santo André e em São Caetano do Sul, municípios de São Paulo.

O comunicado esclarece que ainda não se sabe o efeito dessas múltiplas versões da BQ.1 na transmissibilidade ou na gravidade do quadro causado pelo novo coronavírus. As amostras em que as linhagens foram detectadas pertencem a pacientes que tiveram sintomas leves da doença.

Além disso, os pesquisadores destacam que a maioria dos testes ainda indicou a presença predominante da subvariante BA.5 do vírus, que ainda é a prevalente no país desde que causou a onda anterior da doença, em junho.

Em âmbito nacional, porém, a proporção de BQ.1 tem crescido. Segundo o último levantamento feito pela rede de Saúde Dasa, que conta com mais de mil unidades laboratoriais, o percentual da nova subvariante já chegou a 18% dos casos durante outubro, enquanto o de BA.5 caiu para 60%.

“Conforme surgem novas mutações sempre temos algumas alterações no número de casos, mas isso não impacta necessariamente na gravidade”, pontua Beatriz da Costa Aguiar Alves, pesquisadora e coordenadora do setor de Biologia Molecular do Laboratório de Análises Clínicas da FMABC, em comunicado.