Uruguai decide vaga nas oitavas do Mundial com Gana, que quer vingança por 2010
Time sul-americano tem apenas um ponto na Copa e ainda não balançou as redes
A 'Celeste' chega à última rodada do Grupo G como lanterna somando apenas um ponto, assim como a Coreia do Sul, mas com pior saldo de gols (-1 contra -2).
Gana, por sua vez, tem três pontos (e saldo 0) e Portugal, já classificado, lidera a chave com 6.
Portanto, para o Uruguai só a vitória serve contra os ganeses. Além disso, será preciso que Portugal não perca para a Coreia do Sul para que os sul-americanos cheguem às oitavas.
Em busca do primeiro gol
Depois da derrota por 2 a 0 para Portugal na última segunda-feira, a 'Celeste' se fechou em seu centro de treinamento para tentar recuperar o jogo ofensivo mostrado na reta final das Eliminatórias.
Com Federico Valverde e Rodrigo Betancur como os novos líderes do meio-campo, Darwin Núñez se postulando como herdeiro dos históricos Luis Suárez e Edinscon Cavani e Giorgian De Arrascaeta, destaque do Flamengo campeão da Libertadores, o Uruguai prometia no Catar.
No entanto, com um futebol mais conservador, a equipe esteve até agora longe de corresponder às expectativas.
"Precisamos construir melhor, ter mais variações. Temos que nos soltar mais", analisou o técnico Diego Alonso.
Suárez também foi claro: "Agora o que temos que fazer e encarar o último jogo como uma final".
Revanche à vista
Pelo lado de Gana, a equação é simples: vencer os uruguaios, ou pelo menos empatar, para conseguir no Catar a revanche esperada há 12 anos.
Em 2 de julho de 2010, no estádio Soccer City, nas quartas de final do Mundial da África do Sul, em um jogo dramático e emocionante, o Uruguai venceu Gana nos pênaltis por 4-2, após empate em 1 a 1 nos 120 minutos de tempo normal e prorrogação.
A seleção ganesa teve a chance de vencer a partida no último minuto para se tornar a primeira representante africana a chegar a uma semifinal de Copa do Mundo, em uma cabeçada na direção do gol que Suárez desviou com as mãos em cima da linha.
O camisa 9 uruguaio foi expulso e Gana teve a vitória nos pés de Asamoah Gyan, mas sua cobrança de pênalti parou no travessão.
"Se o mesmo incidente tivesse acontecido ao contrário, e Gana tivesse avançado às semifinais, todo mundo teria dito 'certo, é normal um jogador fazer tudo o que puder para ajudar sua equipe a alcançar as semifinais'", declarou nesta quinta-feira o técnico da seleção de Gana, Otto Addo.
"É isso o que quero de cada jogador, fazer tudo o que puder para ajudar a equipe a se classificar, se sacrificando com um cartão vermelho", acrescentou Addo.
Por sua vez, André Ayew, o único remanescente daquela seleção ganesa, afirmou: "Na época todo mundo se sentiu mal, mas eu só penso na classificação para a próxima fase".
"Revanche ou não, jogaremos com a mesma determinação e desejo de vitória porque queremos nos classificar", concluiu Ayew.
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