TECNOLOGIA

Uber não vai fazer demissões, diz CEO da empresa

Declaração vai na contramão da tendência nas "big techs". Twitter, Meta, Amazon, Snapchat, Netflix e Salesforce anunciaram cortes de pessoal recentemente

Uber - Divulgação/Uber

Seguindo o caminho contrário de gigantes de tecnologia, como Twitter e Meta, dona do Facebook, a Uber Technologies não está pensando em cortar empregos, mesmo quando seus concorrentes, como a Lyft, reduzem seu quadro de funcionários para lidar com uma perspectiva econômica incerta, disse o CEO da companhia, Dara Khosrowshahi.

- Não, estamos em um bom lugar - disse Khosrowshahi à Bloomberg News depois de falar no Economic Club de Chicago, respondendo a uma pergunta sobre se a gigante do transporte reduzirá o número de funcionários.

A rival do Uber, a Lyft, disse no mês passado que reduziria o número de funcionários em 13% e cortaria seu negócio de veículos próprios. A gigante de entrega de alimentos DoorDash anunciou que cortaria 1.250 empregos para controlar as despesas.

Além de Twitter e Meta, outras gigantes do setor de tecnologia já fizeram grandes demissões, entre elas Snapchat, Netflix, Amazon, Stripe, de pagamentos, e Salesforce. Todas demitiram cerca de 10% de seu quadro de funcionários.
 

O Uber evitou fazer demissões generalizadas, embora Khosrowshahi tenha dito que a empresa está adotando uma postura mais conservadora em contratações e outros investimentos. Isso após uma grande redução em 2020, quando o Uber demitiu mais de seis mil funcionários, ou cerca de um quarto da força de trabalho na época, no auge da pandemia de Covid.

Em novembro, a Uber informou que a receita do terceiro trimestre saltou 72%, para US$ 8,34 bilhões, o que acalmou a preocupação dos investidores de que o aumento da inflação impediria os clientes de usar o serviço de transporte via aplicativo ou pedir comida para viagem.

- Não vemos sinais de fraqueza - disse Khosrowshahi no evento, acrescentando que a Uber tem se beneficiado de uma mudança nos gastos do consumidor do varejo para os serviços.

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O executivo estava otimista sobre a oferta de motoristas na plataforma, apesar de uma escassez prolongada que aumentou as tarifas e os tempos de espera, e disse que os períodos de incerteza econômica normalmente estimulam as pessoas a buscarem atividades secundárias em transporte ou delivery de comida.

- Nossa base de motoristas e entregadores aumentou substancialmente - disse ele.