Transição

Lula deverá ampliar o número de ministérios e secretárias de 23 para até 34

Ministério da Economia deve ser dividido em três partes Fazenda; Planejamento e Orçamento; e Indústria, Comércio Exterior e Serviços

Mercadante diz que proposta será apresentada a Lula na próxima semana - Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Esplanada dos Ministérios deverá trazer de volta pastas extintas no atual governo e ganhar outras novas a partir da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em janeiro, segundo informações do Correio Brasiliense. O novo mapa da Esplanada começará a ser definido na próxima semana pelo presidente eleito, de acordo com o coordenador dos grupos técnicos da transição, Aloizio Mercadante (PT-SP).
Há alterações que estão praticamente definidas, como a divisão do Ministério da Economia em três: Fazenda; Planejamento e Orçamento; e Indústria, Comércio Exterior e Serviços. A Agricultura também será dividida e perderá o comando das políticas públicas voltadas para a produção familiar.
O atual governo tem 23 ministérios e secretarias com status ministerial, número que pode ser ampliado para 31. Caso as propostas de cisão e criação de pastas feitas até agora forem aprovadas por Lula, a Esplanada contaria com 34 ministérios, se a divisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública for aceita.


Mercadante afirmou que a coordenação dos grupos, a pedido de Lula, apresentará ao presidente eleito uma proposta integrada de reestruturação dos ministérios. Lula, inclusive,  está em Brasília negociando, pessoalmente a aprovação da chamada PEC da Transição e os nomes que vão ocupar os cargos de primeiro escalão do Poder Executivo.
"Na semana que vem, devemos apresentar uma proposta ao presidente, e isso incide sobre a montagem dos ministérios, porque você vai escolher os ministérios dentro de uma estrutura predefinida. Por isso, o presidente pediu prioridade", disse Mercadante ao Correio Brasiliense. 
Quanto ao atual Ministério da Economia, por exemplo, Mercadante criticou a hipertrofia inicial da pasta. "Você cria um único ministério que não tem política industrial, que não tem política de planejamento, que não tem política orçamentária e tem um ministro sufocado com todas essas demandas", frisou.