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Companhias aéreas reduzem perdas, apesar do tráfego menor que o esperado

Em 2023, as companhias aéreas esperam operar a 85,5% do nível de tráfego de antes da pandemia

Aeroporto de Congonhas - Valter Campanato / Agência Brasil

As companhias aéreas registrarão perdas menores do que o esperado este ano, apesar do número de passageiros não ter sido tão elevado como esperado devido à desaceleração econômica mundial, anunciou nesta terça-feira (6) a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA).

Estimuladas em particular pela atividade nos Estados Unidos, as companhias devem registrar um lucro acumulado de 4,7 bilhões de dólares em 2023, segundo a IATA, que calcula os prejuízos de 2022 em US$ 6,9 bilhões (contra 9,7 bilhões de uma previsão anterior).

As empresas do setor registraram prejuízos de 180 bilhões de dólares em 2020 e 2021 devido à pandemia de Covid-19.

Porém, nem todas as regiões do mundo voltarão ao cenário positivo no próximo ano, destacou a IATA em uma apresentação à imprensa em Genebra, onde fica a sede da associação.

As companhias da América do Norte fecharão o ano com um lucro total de 11,4 bilhões de dólares, enquanto as da Europa e Oriente Médio registrarão lucros acumulados respectivos de 600 e 300 milhões de euros (630 e 315 milhões de dólares), segundo os cálculos da IATA.

Ao mesmo tempo, as empresas da América Latina permanecerão em déficit em 2023 (800 milhões de dólares em perdas acumuladas), assim como as da África (perdas de US$ 200 milhões).

As companhias aéreas da região Ásia-Pacífico também continuarão em cenário negativo, com perdas calculadas de 6,6 bilhões de dólares, em particular devido às restrições de viagens decretadas pela pandemia de Covid-19 na China, principal mercado aéreo da região.

A política de "Covid zeroem vigor na China também afetou a estimativa de tráfego de passageiros da IATA para 2022, que alcança 70,6% do nível de 2019, contra a previsão anterior de 82,4%.

A IATA também foi obrigada a considerar a redução da previsão de crescimento mundial anunciada desde suas projeções anteriores, em junho, em um cenário de inflação elevada.

Em 2023, as companhias aéreas esperam operar a 85,5% do nível de tráfego de antes da pandemia, medido em passageiros por quilômetro transportados (RPK), um dos índices de referência do setor.

Mas o número de passageiros aéreos vai superar em 2023 a barreira de 4 bilhões - algo próximo de 4,2 bilhões -, segundo a IATA. O recorde histórico foi 4,5 bilhões em 2019.