Saiba quem é Nusret Gokçe, o chef-celebridade que serviu a carne de ouro para os atletas brasileiros
Apelidado de Salt Bae, ele virou um fenômeno no Instagram em 2017 e já passou por problemas na Justiça
O dono do restaurante que serve a carne folheada a ouro, onde Ronaldo Fenômeno, Gabriel Jesus, Vini Jr e Éder Militão jantaram no Catar, além de chef, é um grande influencer nas redes sociais. O turco Nusret Gökçe, cujo apelido é Salt Bae, tem 49,5 milhões de seguidores no Instagram e faz sucesso desde 2017, com seus vídeos de preparação de carne em que deixa o sal cair levemente pelas mãos, escorrendo pelo antebraço. Desde então, angariou fãs como Al Pacino, Leonardo Di Caprio, Karim Benzema e outros tantos jogadores de futebol.
Ele é dono de 22 unidades do restaurante de luxo Nusr-et, inclusive a de Doha, onde estiveram os atletas brasileiros. A primeira, no entanto, foi aberta em Istambul em 2010, depois de visitar diversos países, como Argentina e Estados Unidos, para ganhar experiência como dono de restaurante.
Em entrevista à revista "Air mail", ele contou que deixou a escola na 6ª série e começou a trabalhar num açougue de sua cidade natal Erzurum, antes de ir para a cozinha de vários restaurantes.
Em todas as unidades de sua rede são servidas as carnes folheadas a ouro, que no restaurante de Londres custam cerca de R$ 9 mil. O hambúrguer, também de ouro, gira em torno de R$ 600 na capital inglesa. Onde Salt Bae está é garantia de vê-lo servindo os clientes ao vivo e fazendo as mesmas performances que faz no Instagram - com direito a servir a carne na boca do freguês.
"A experiência de Salt Bae enfaticamente cortando um bife com as mãos nuas na sua frente é de alguma forma sexual e certamente perturbadora", escreveu o crítico de gastronomia da revista nova-iorquina "Time out", em 2018. Sobre as carnes, ele disse: "bifes do Nusr-Et são tão salgados quanto caros".
Problemas na justiça
Oa restaurantes de Gokçe nos Estados Unidos já foram alvos de acusações de sexismo e roubo de gorjetas que foram parar na Justiça. Em 2019, um ex-empregado entrou com uma ação coletiva alegando que a filial de Midtown, em Nova York, estava roubando gorjetas antes de repassá-las ao funcionários. Um acordo judicial de US$ 300 mil foi feito.
No mesmo ano, em Miami, uma funcionária acusou a rede de pagar menos por causa do gênero, um caso de discriminação. No fim do ano seguinte, já no meio da pandemia, o restaurante de Boston foi fechado temporariamente por não seguir protocolos anti-Covid.