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"O que identificamos na transição é terra arrasada", afirma Marina Silva

Marina deu as declarações ao participar do "E agora, Brasil?"

Marina Silva - Wilson Dias/Agência Brasil

A ex-ministra do Meio Ambiente Maria Silva disse que a transição para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva encontrou uma “terra arrasada” na área, com falta de orçamento, de equipes e de coordenação.

— O que identificamos na transição é terra arrasada. Porque o orçamento foi completamente subtraído, as equipes desmontadas, as instituições de monitoramento enfraquecido — disse.

Integrantes da transição defendem PEC: ‘Orçamento de 2023 é claramente insuficiente’, afirma ex-ministro.

Marina deu as declarações ao participar do "E agora, Brasil?", evento promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico, com patrocínio do Sistema Comércio, através da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e de suas federações.

A ex-ministra também citou a situação do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que cuida da gestão das unidades de conservação.

— O Ibama, que trata de licenciamento e fiscalização, está completamente desestruturado. O ICMBio, que cuida da gestão de unidades de conservação, é a mesma coisa. Uma retirada do serviço florestal do Meio Ambiente para a Agricultura e a Agência Nacional Águas para o Desenvolvimento Regional. É uma política de terra arrasada que faz com que a gente tenha o descontrole do desmatamento.

Marina afirmou ainda que há diversas organizações criminosas atuando na Amazônia.

— Temos uma convergência de várias organizações criminosas atuando na região. Tráfico de drogas, de armas, pesca ilegal, grilagem e todo o tipo de contravernsão. Nós perdemos o controle terrestre, o controle aéreo e o controle através dos rios da região. Tem 1.264 pistas clandestinas a serviço dessas organizações criminosas.