Acusação

Pedido de Bolsonaro para investigar Lula e Gleisi é enviado à PGR por Nunes Marques

Segundo o documento, petistas teriam usado comícios e propaganda eleitoral para "macular a honra" e ofender a reputação do presidente

Petistas são acusados de chamarem Bolsonaro "genocida, miliciano, assassino, demônio e canibal" - Evaristo SAAFP

A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu para análise um pedido de investigação contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, por suposto crime contra a honra do presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido foi enviado a PGR pelo ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No documento, Bolsonaro alega que, durante um comício realizado em outubro no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, Lula teria atribuído a Bolsonaro a responsabilidade pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018, e por associação com milicianos.

Quanto a Gleisi, o documento cita postagem que ela teria feito em redes sociais, em setembro, na qual afirma que Bolsonaro seria o mandante do assassinato de Benedito Cardoso dos Santos, apoiador de Lula morto naquele mês após uma discussão política com um colega de trabalho que apoiava Bolsonaro.

Em novembro, o governo Bolsonaro acionou a Polícia Federal (PF) para instaurar uma ação penal contra os petistas. Segundo o documento, Lula e Gleisi teriam usado comícios e propaganda eleitoral para “macular a honra” e ofender a reputação do presidente, ao lançarem mão de vocábulos como “genocida, miliciano, assassino, demônio e canibal”.

Como Gleisi Hoffmann tem foro privilegiado por ser deputada federal, na sexta-feira (25), a Polícia Federal encaminhou o pedido ao STF. Cabe agora à PGR se manifestar a favor ou contra a abertura da investigação.