Transição

Lula anuncia cinco novos ministros

Presidente eleito prometeu apresentar, quando terminar a transição, os resultados do que foi levando sobre o governo Bolsonaro

Anúncio oficial de ministros do governo Lula - Ricardo Stuckert/Divulgação

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em coletiva na manhã deste sexta-feira (9), anunciou cinco nomes que vão integrar os ministérios dele a partir de 2023. Todos os nomes anunciados já eram esperados.

O ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) foi confirmado para o Ministério da Fazenda. O atual governador da Bahia, Rui Costa (PT), que não disputou a reeleição neste ano porque já está no segundo mandato e também abriu mão de concorrer a outro cargo público, vai para a Casa Civil. O Ministério da Justiça e Segurança Pública será comandado pelo ex-governador do Maranhão e senador eleito Flávio Dino (PSB).

Para a Defesa, o ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro, que foi ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, no segundo mandato de Lula. O embaixador e ex-ministro Mauro Vieira, que já comandou o Itamaraty no governo Dilma Rousseff (PT) e atualmente é embaixador do Brasil na Croácia, fica com o Ministério das Relações Exteriores.

Segundo Lula, esses são os primeiros nomes que vão ajudar a consertar as coisas que estão erradas no Brasil. “É muito importante que vocês tenham claro que quando a transição terminar, vamos tentar, com seriedade e sobriedade, apresentar o que encontramos como resultado do atual governo”, prometeu.

De acordo com o presidente eleito, isso será feito sem “shows de pirotecnia”.

“Quero que a sociedade brasileira saiba corretamente como está a saúde, o SUS, a educação, a Ciência e Tecnologia, a situação dos aposentados e trabalhadores. Se nós não apresentarmos agora, seis meses depois estará nas nossas costas os desmandos feitos pleo atual governo”, esclareceu.

Lula afirmou que o governo Bolsonaro tem "um corpo muito grande e a cabeça muito pequena". "É um governo que não preparou a administração deste país, que preferiu fazer fanfarrice, falar e falar e não conseguiu resolver os problemas que é preciso um governo resolver", analisou.

Além de agradecer ao senadores que votaram a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, Lula disse que não é uma proposta do governo dele, mas do de Bolsonaro, que é para resolveu o problema do dinheiro que o atual presidente não colocou para resolver os problemas que ele agora tem que resolver, sobretudo a manutenção dos R$ 600 do programa de transferência de renda, que passará a ser chamado de Bolsa Família.

Segundo Lula, o programa Minha Casa, Minha Vida também está numa situação delicada.

"Possivelmente, não tenha recursos sequer para que a gente possa atender as pessoas da faixa 1, que são as que recebem até dois salários mínimos. É preciso que a gente dê uma analisada, veja na transição se consegue as informações com o Conselho Curador  do FGTS para que possa fazer com que essas pessoas mais pobres que tiveram casas subsidiadas voltem a ter a chance de de ter uma casa feita pelo estado brasileiro", afirmou.

Lula também comentou a pesquisa que diz que 95% dos brasileiros acreditam que o governo dele vai dar certo.

"Quero dizer para vocês que se eu fosse perguntado, seria 100% de que o governo vai dar certo, porque nós não temos o direito de frustrar a expectativa de uma grande parcela da sociedade brasileira que estava precisando de ar novo, de ar puro para que a gente possa respirar mais democracia, mais salário, mais emprego, mais educação, mais saúde e mais liberdade de expressão e de comunicação", afirmou.

Lula promteu tratar à imprensa mais respeito, decência, que ninguém do governo dele irá negar informações e que a Lei de Acesso à Informação e o Portal da Transparência vão voltar a funcionar 100%.

"Portanto, vocês (a imprensa) não terão no nosso governo a indústria da mentira, a industria da desinformação ou do (sic)  fake news. Vocês terão no nosso governo a indústria da boa informação, com a qual a gente pretende recuperar o estado democrático de direito deste país", complementou.

Lula também deixou claro que não vai poupar esforços para que a PEC da Transição seja aprovada também na Câmara dos Deputados. "Eu espero que as pessoas compreendam que essa PEC não é para o governo Lula, é para fazer o reparo no orçamento do presidente Bolsonaro e para que a gente possa garantir o mínimo necessário às pessoas mais necessitadas deste país, à a saúde, ao Minha Casa, Minha Vida, à Farmácia Popular e para a gente começar a cuidar do povo brasileiro", esclareceu.