Escolha de comandantes das Forças Armadas será por critério de antiguidade, segundo José Múcio
Ministro da Defesa do governo Lula informou que deverá apresentar todos os seus indicados ainda nesta sexta-feira
O ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro, confirmado no final da manhã desta sexta-feira (9) pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como futuro ministro da Defesa, disse que critério a ser utilizado para escolha dos comandantes das Forças Armadas será o da antiguidade. Noutras palavras, serão selecionados aqueles militares com mais tempo de serviço em cada instituição.
"É o critério tradicional das Forças Armadas, que é o mais antigo de cada força", disse Múcio. Os nomes escolhidos por ele são o do tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, para a Aeronáutica; o do general Julio Cesar de Arruda, para o Exército; e o do almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, para a Marinha.
O almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire deverá ser comandante do Estado-Maior das Forças Armadas. A colunista do G1 Andreia Sadi adiantou que todos esses nomes já haviam sido definidos por Lula e Monteiro e faltava só serem oficializados.
José Múcio Monteiro informou que deverá apresentar seus indicados ainda nesta sexta-feira. O futuro ministro disse também que na próxima semana deverá se reunir com o atual titular da pasta, Paulo Sérgio Nogueira, e com os atuais comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Ele declarou que espera uma transição se dê de forma harmônica.
“Vamos conversar para que tudo seja tranquilo, como se fosse uma passagem de comando, uma mudança de guarda. Tem que apaziguar, esse é o papel principal. É a harmonia entre as Forças", complementou.
Ao anunciar os ministros, Lula afirmou que o papel das Forças Armadas não é o de fazer política, mas defender o povo brasileiro e a soberania do país. No governo Bolsonaro, generais foram nomeados para cargos no alto escalão, como Braga Netto (Casa Civil e Defesa), Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil e Secretaria de Governo), Eduardo Pazuello (Saúde), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Carlos Alberto Santos Cruz (Secretaria de Governo).