"Não é patriota quem destrói patrimônio público", diz Bruno Dantas em sua cerimônia de posse do TCU
Cerimônia contou com presença de Lula e chefes de Poderes, mas não de Bolsonaro
O ministro Bruno Dantas criticou nesta quarta-feira (14), ao tomar posse como presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que realizaram atos de vandalismo em Brasília na segunda-feira. Dantas disse que "não é patriota" quem "destrói o patrimônio público ou privado".
A cerimônia foi acompanha por diversas autoridades, entre elas o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os chefes do Legislativo e do Judicário. Convidado, o presidente Jair Bolsonaro, no entanto, não compareceu.
"Não é patriota quem prega violência, quem destrói o patrimônio público ou privado, quem agride ou fere terceiros por diferenças ideológicas, quem se arma para derramar o sangue dos seus patrícios" discursou Dantas, sendo aplaudido.
Estavam presentes os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, também ganhou assento na mesa principal de autoridades. Bruno Dantas afirmou que a quebra de protocolo ocorreu a seu pedido, afirmando que Moraes “encarna o vigor das instituições brasileiras”.
"Quebrei o protocolo e fiz que estivesse presente aqui na nossa mesa este homem que encarna o vigor das instituições brasileiras na defesa da democracia, excelentíssimo senhor ministro Alexandre de Moraes."
O ministro também exaltou a auditoria das urnas eletrônicas realizada pelo tribunal e defendeu o combate à pobreza e à fome.
Dantas já exercia interinamente o comando do tribunal desde julho, quando a ex-ministra Ana Arraes deixou a presidência e se aposentou. O ministro Vital do Rêgo tomou posse como vice-presidente. O mandato dos dois terá duração de um ano, com a possibilidade de reeleição.
Lula sentou-se na primeira fileira, ao lado do ex-presidente José Sarney (MDB) e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).
Apesar da ausência de Bolsonaro, alguns ministros do governo federal estiveram na posse, como Paulo Guedes (Economia), Carlos França (Relações Exteriores) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União).