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Promotoria francesa realiza buscas na sede do partido de Macron

Foco está no uso de consultorias eleitorais na campanha do presidente francês

Presidente da França, Emmanuel Macron, em discurso na Assembleia Geral da ONU - Ludovic Marin / AFP

Promotores franceses informaram, nesta quarta-feira (14), que houve buscas na sede do partido do presidente Emmanuel Macron, como parte de uma investigação sobre o papel de consultorias privadas nas campanhas eleitorais de 2017 e 2022.

Os escritórios parisienses da consultoria americana McKinsey também foram revistados na terça-feira, segundo a Procuradoria-Geral Financeira Nacional (PNF).

O uso de consultorias nos governos de Macron chamou a atenção depois que um relatório do Senado desencadeou uma forte polêmica sobre o uso de recursos públicos e a oposição pediu uma investigação sobre as ligações entre o partido do governo e a consultoria McKinsey.

"É normal que a justiça investigue de forma livre e independente para lançar toda a luz sobre esta questão", disse à AFP Loïc Signor, porta-voz do partido no poder, Renascimento.

O partido está à disposição da justiça “para comunicar qualquer elemento útil sobre as referidas campanhas”, acrescentou.

McKinsey também confirmou as buscas em seus escritórios e indicou sua disposição de "cooperar plenamente com as autoridades públicas".

Em 20 de outubro de 2022, o Ministério Público abriu uma investigação sobre as “condições de intervenção de empresas de consultoria nas campanhas eleitorais de 2017 e 2022”, especialmente no que diz respeito à contabilidade. Um dia depois, começou outra por "favoritismo".

A Promotoria Financeira Nacional já havia aberto uma investigação em 31 de março por lavagem de fraude fiscal agravada, que já levou a uma operação de busca na sede da McKinsey na França em 24 de maio, após o relatório do Senado sobre consultores privados.