Um dia após Lula 'decretar' fim das privatizações, Haddad defende PPPs
Futuro ministro disse que parcerias 'têm que entrar na ordem do dia'
Em entrevista à Globonews na tarde dessa terça-feira, Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda, defendeu fortemente as parcerias público privadas (PPPs). A fala de Haddad ocorre um dia após Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito, ter dito que, com o seu governo, “vai acabar com as privatizações no país”.
— As concessões de PPPs tem que entrar na ordem do dia — afirmou.
Haddad lembrou que começou a atuar no governo Lula, em 2003, no Ministério do Planejamento para justamente criar a lei das PPPs. e que convidou o economista Gabriel Galípolo para ser seu secretário executivo justamente por entender de parcerias com o setor privado. Ele defendeu sua experiência de parcerias no passado:
— Há um conjunto enorme de projetos sustentáveis que podem ser concedidos para a iniciativa privada (...) No Brasil muitas PPPs deram certo, o Brasil aprendeu a fazer. O Prouni é uma PPP, uma troca de tributos por bolsas. Tem muitos projetos que muitas vezes dependem de uma pequena contribuição do Estado. As vezes é uma garantia. E a repercussão disso é enorme — disse.
Citando embaraços burocráticos ao processo de alavancagem de iniciativas na parceria público e privado, Haddad destaca o perfil técnico do Gabriel Galípolo.
— O primeiro trabalho dele foi no governo PSDB, nós nos aproximamos em virtude de interesses comuns, dentre os quais destravar o processos de PPPs no Brasil — diz.