Dia de final da Copa do Mundo! Argentina e França lutam no Catar pelo tricampeonato do torneio
Mais um enredo épico de ganhador da Copa do Mundo está prestes a ser escrito. O maior jogador do século atual, Lionel Messi, pode se despedir dos mundiais dando um título para a Argentina - o primeiro dele e o terceiro da Albiceleste. Feito incrível, assim como o que a França pode ter em caso de triunfo. Também levantando a terceira taça, sendo a segunda seguida - algo que só Brasil (1958-1962) e Itália (1934-1938) conseguiram. Ainda por cima, tendo o craque Mbappé novamente como estrela, aos 23 anos. Duas festas merecidas. Uma delas será frustrada, outra levará ao êxtase milhões de pessoas. Neste domingo (18), às 12h (de Brasília), em Lusail, argentinos e franceses disputarão o título. O dia mais azul que o Catar viverá em sua história.
França e Argentina já se encontraram três vezes em Copas. Os sul-americanos ganharam em 1930 e 1978, por 1x0 e 2x1, respectivamente. Ambas na fase de grupos. Os europeus venceram em 2018, por 4x3, nas oitavas de final. No histórico geral, são 12 jogos, com seis vitórias argentinas, três francesas e três empates. Na primeira decisão em que se enfrentam, uma das seleções levará, além da taça, uma premiação de US$ 42 milhões (mais de R$ 222 milhões).
Os protagonistas
"Nós jogamos pelo país, mas também jogamos pelo Messi. Para nós ele é o capitão, o líder, quem conduz tudo isso". A frase do volante De Paul, da Argentina, mostra o que representa o camisa 10 para a seleção. Artilheiro e líder de assistências da equipe, o jogador resgatou um clima de vibração nos argentinos dentro e fora das quatro linhas. No elenco, todos sabem que precisam do craque para garantir um mundial. Fora, a torcida “comprou” a narrativa de que essa Copa pode coroar a carreira de Messi, repetindo parcialmente o clima de 1986, ano em que outro gênio da bola, Maradona, ergueu o troféu mais cobiçado de todos.
Parar Messi é a missão dos franceses para alcançar o tricampeonato. Por outro lado, eles sabem que os argentinos devem estar preocupados em como segurar o artilheiro dos Les Bleus no Mundial, Mbappé, autor de cinco gols, mesma quantidade do camisa 10 da Albiceleste.
Quem tem razão?
O duelo também pode ratificar um discurso que o craque francês deu meses antes da Copa, de que as seleções sul-americanas não estavam no mesmo nível das europeias.
"A vantagem que nós temos aqui é que sempre jogamos partidas de alto nível. Temos a Nations League, por exemplo. Quando a gente chega na Copa do Mundo estamos prontos. Por isso que quando você olha para as últimas Copas, sempre são os europeus que ganham", declarou à época Mbappé.
Messi tem outra visão."Quando voltávamos de uma Eliminatória, dizíamos: 'vocês não sabem como seria difícil para vocês se classificarem para a Copa do Mundo se tivessem que ir jogar lá' (na América do Sul). Colômbia, a altitude, o calor, a Venezuela... Todos eles têm uma condição diferente que torna tudo muito mais difícil e, fora isso, são grandes equipes, com grandes jogadores. O futebol está cada dia mais equilibrado, seja qual for o adversário".
Companheiros de clubes no Paris Saint-Germain, apenas um deles sairá com a tese fortalecida. Um encontro que vai parar o mundo da bola.
Ficha técnica
Argentina
Emiliano Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Tagliafico; De Paul, Enzo Fernández, Mac Allister e Paredes; Lionel Messi e Julián Álvarez. Técnico: Lionel Scaloni
França
Lloris; Koundé, Upamecano, Varane e Theo Hernández; Tchouaméni, Fofana (Rabiot); Dembele, Griezmann e Mbappé; Giroud. Técnico: Didier Deschamps
Local: Lusail (Doha, Catar)
Horário: 12h
Árbitro: Szymon Marciniak (POL). Assistentes: Pawl Sokolnicki (POL) e Tomasz Listkiewicz (POL).
VAR: Tomasz Listkiewicz (POL).
Transmissão: Globo, SporTV, Fifa +, CazéTV, Youtube (Streaming)