Guerra na Ucrânia

Putin inaugura importante campo de gás na Sibéria para abastecer a China

Presidente russo disse que o novo campo "dará um sério impulso ao desenvolvimento" das regiões orientais do país

Putin inaugura importante campo de gás na Sibéria para abastecer a China - Mikhail Kireyev / SPUTNIK / AFP

O presidente russo, Vladimir Putin, inaugurou o campo de gás natural de Kovykta, na Sibéria, nesta quarta-feira (21), o que aumentará as exportações para a China em meio a uma crise entre Moscou e o Ocidente.

"Estamos inaugurando o campo de Kovykta, o maior da Sibéria Oriental", disse Putin em uma cerimônia televisionada, acrescentando que isso "dará um sério impulso ao desenvolvimento" das regiões orientais da Rússia.

Suas reservas alcançam 1,8 trilhão de metros cúbicos, segundo o presidente russo.

"O funcionamento deste local permitirá garantir o fornecimento confiável de gás (...) tanto para empresas russas quanto para parceiros estrangeiros", enfatizou Putin.

Esta jazida apresenta "novas oportunidades de desenvolvimento econômico e social, bem como outras para o aumento das nossas exportações", acrescentou o CEO da gigante energética russa Gazprom, Alexei Miller.

Localizado perto do lago Baikal, na Sibéria, este campo de Kovykta deve abastecer o gasoduto Power of Siberia, que começou a enviar gás do leste da Sibéria para a China no final de 2019.

Os esforços para desenvolver novos campos e construir o gasoduto Power of Siberia para fornecer gás de seus territórios orientais para um mercado em rápida expansão começaram há uma década.

A inauguração do Kovykta ocorre em um momento de qeda das exportações de gás russo para a Europa, devido ao aumento das tensões desde o início da ofensiva de Moscou na Ucrânia.

As autoridades russas querem ampliar suas entregas para 20 bilhões de metros cúbicos por ano, graças, sobretudo, às reservas do depósito Kovykta.

Moscou planeja construir o gasoduto Power of Siberia 2 a partir de 2024 para fornecer gás à China via Mongólia, outro sinal de que a Rússia se volta para a China para reagir às sanções ocidentais.