DISTRITO FEDERAL

PF prende empresário bolsonarista que ameaçou Randolfe Rodrigues e apreende armas e munições

Dono de postos de combustíveis é investigado por fazer ameaças ao senador da Rede

Senador Randolfe Rodrigues (REDE) - Edilson Rodrigues / Agência Senado

A Polícia Federal em conjunto com a Polícia Legislativa do Senado prendeu na manhã desta quinta-feira (22) um empresário bolsonarista investigado por fazer ameaças ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Dono de uma rede de uma rede de postos de combustíveis no Amapá, Julio Faria tinha em casa um arsenal de dez armas e mais de 3 mil munições.

O empresário foi preso em flagrante por posse ilegal de um acessório de uso restrito pois, além das armas e munições, mantinha em casa um silenciador para fuzil comprado pela internet, sem autorização.

Os dois mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal. O pedido de medida cautelar partiu da Polícia Legislativa do Senado, que foi acionada pelo senador em novembro após ser ameaçado pelas redes sociais pelo empresário que se declara apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

Durante a operação, os policiais encontraram um fuzil calibre 556, duas espingardas calibre 12, um Rifle calibre 22, um revólver calibre 38, cinco pistolas semi automáticas e 3158 munições de diversos calibres. O material era legal, mas uma decisão da Justiça Federal impôs a suspensão da autorização de posse e porte dada ao empresário para manter armas de fogo registradas em seu nome.

A decisão judicial também determinou que o empresário mantenha distância mínima de 200 metros do senador Randolfe Rodrigues.

O empresário passou a ser investigado após publicar nas redes sociais que pretende agredir o parlamentar fisicamente e fazer ofensas de cunho homofóbico.

– Ô, gazela, eu vou te avisar uma coisa: o dia que eu me encontrar contigo e tu falar para mim 'perdeu, mané', tu vai cair na porrada. Vagabunda, nojenta – disse o empresário bolsonarista em um vídeo publicado no Instagram no dia 19 de novembro.

Dias depois, o empresário publicou uma foto nos stories deitado em um matagal e segurando uma arma. “Não passa uma gazela”, escreveu Julio Farias, que nas redes sociais exibe fotos em manifestações em apoio a Bolsonaro, clube de tiros e policiais.