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Incêndio em Viña del Mar deixa dois mortos e atinge 400 casas

Governo do presidente Gabriel Boric decretou estado de emergência

Incêndio em Viña del Mar deixa dois mortos e atinge 400 casas - Javier Torres / AFP

Um incêndio na quinta-feira (22) em Viña del Mar, 120 km ao oeste de Santiago, deixou pelo menos dois mortos e atingiu 400 casas, o que obrigou o governo do Chile a decretar estado de emergência.

As chamas, propagadas pelas fortes rajadas de vento, atingiram áreas residenciais do balneário da costa central chilena, próximo do porto turístico de Valparaíso.

O comandante do Corpo de Bombeiros de Viña del Mar, Patricio Brito, informou o balanço de 400 casas atingidas pelo incêndio.

Brito confirmou duas mortes na tragédia.

"O incêndio começou em uma parte chamada 'Nueva Esperanza 2000', cruzou e atingiu outras áreas e está descendo para o norte, em direção ao Quinta Vergara por um barranco profundo", explicou a prefeita de Viña del Mar, Macarena Ripamonti.

Alguns moradores deixaram a localidade pelo Quinta Vergara, o anfiteatro onde acontece a cada ano o Festival Internacional da Canção de Viña de Mar.

A Agência Nacional de Emergências (Onemi) citou um "incêndio com rápida propagação, elevada intensidade e dispersão", que segundo os dados preliminares atingiu 110 hectares.

A Onemi decretou "alerta vermelho" para Viña del Mar e ordenou a saída de moradores dos setores Tranque Sur, Puerto Montt, Puerto Aysén, Cabritera, Forestal Alto, Siete Hermanas e do assentamento informal "Felipe Camiroaga".

O governo do presidente Gabriel Boric decretou estado de emergência.

"O presidente da República determinou a declaração de estado de exceção constitucional de catástrofe por calamidade pública na região de Valparaíso", anunciou o subsecretário do Interior, Manuel Monsalve.

Com o decreto, a Defesa Nacional poderá, eventualmente, limitar direitos constitucionais e apreender bens necessários para enfrentar a emergência na região.

O incêndio foi propagado por rajadas de vento entre 40 e 50 quilômetros por hora que dificultaram o trabalho dos brigadistas florestais e dos bombeiros.

Quase 150 brigadistas e 400 bombeiros trabalham no combate às chamas.

"Não vamos deixá-los sozinhos", escreveu no Twitter o presidente Boric.

"Nossa prioridade como governo do Chile é a segurança das pessoas e vamos continuar mobilizando todos os recursos necessários para controlar a situação de emergência", acrescentou.

O diretor da Corporação Nacional Florestal (Conaf) da região de Valparaíso, Luis Correa, informou que serão necessários pelo menos dois dias para controlar as chamas.