Governo Federal

Indicação de Marina Silva para o Meio Ambiente só deve ser oficializada depois do Natal

Ainda faltam 16 ministros a serem definidos na última semana de 2022

Marina Silva e Lula - Ricardo Stuckert

Dada como certa pela classe política e celebrada por indígenas e ambientalistas, a indicação de Marina Silva (Rede-SP) para o Ministério do Meio Ambiente no novo governo Lula só deve ser oficializada nos próximos dias, quando as demais pastas federais serão definidas.

Até o momento, 21 dos 37 futuros ministros já foram anunciados. Ainda faltam 16, que ficaram para ser escolhidos na semana final de 2022.

Para lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT), a indicação de Marina para ministra já é vista como "esperada". Segundo a senadora eleita por Pernambuco Teresa Leitão, as conversas para a formalização do nome escolhido para a pasta serão retomadas nessa segunda-feira (26).

"Agora estamos aproveitando este pequeno recesso de Natal e só então o presidente Lula vai retomar as tratativas", disse. "[A nomeação de Marina] já é uma coisa esperada".

Impasse com Tebet
A definição sobre a pasta do Meio Ambiente é um dos anúncios mais aguardados desde o início do processo de transição entre os governos de Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT).

Embora Marina fosse um nome natural por ser uma ativista histórica na área e por já ter chefiado o ministério durante todo o primeiro e parte do segundo mandato do atual presidente eleito, havia um impasse em torno de Simone Tebet (MDB-MS).

Antes cotada para as pastas de Educação e Desenvolvimento Social, postos pleiteados pelo PT, a senadora sul-matogrossense e terceira colocada na corrida presidencial deste ano chegou a ser sondada para o Meio Ambiente, mas ela disse que só aceitaria o cargo caso pudesse "fazer uma dobradinha" com Marina como futura Autoridade Climática do governo.

Marina, no entanto, defende que o novo posto criado para a coordenação das diretrizes voltadas para as mudanças climáticas seja ocupado por um nome técnico subordinado ao Ministério do Meio Ambiente e, por isso, indicou que não aceitaria esse cargo caso fosse convidada.

Assim, a ex-ministra, eleita deputada federal por São Paulo em 2022, deve voltar à pasta que comandou entre 2003 e 2008. A posição de Tebet, que agora é cogitada para Cidades, ainda será definida em tratativas com a senadora e o MDB.