QUADRINHOS

Stan Lee faria 100 anos hoje se estivesse vivo

Muito mais que um figurante no MCU, o artista foi o nome mais importante dos quadrinhos nas últimas cinco décadas

Stan Lee, criador de inúmeros quadrinhos, morreu aos 95 anos - Valerie Macon/AFP

Homem-Aranha, Homem de Ferro, Hulk, Doutor Estranho, Quarteto Fantástico, Demolidor, Pantera Negra, X-Men e os Vingadores. Esses são apenas alguns dos super-heróis que o escritor e editor chefe da Marvel foi responsável pela criação. 

Stanley Martin Lieber nasceu em Nova York e sempre quis ser escritor. Seu sonho se tornou mais que realidade com seus trabalhos recebendo prêmios como Eisner Award e National Medal of Arts. O seu primeiro texto publicado na Timely, revista que eventualmente se tornaria a Marvel, foi uma história sobre o Capitão América. 

Ao longo de sua carreira o autor colaborou com diversos artistas como Jack Kirby e Steve Ditko. Suas histórias seriam contadas e traduzidas para o mundo inteiro e ele se tornaria o rosto público da Marvel Comics. Mas seu legado ficou para além da Marvel, chegando a trabalhar tanto com a  DC (Detective Comics), concorrente direta da sua empresa de origem, quanto com outras empresas como a Shueisha, editora internacional de mangás.

Lee não foi apenas um contador de histórias de heróis. Ele lutou contra a censura em sua época e suas obras debatiam diretamente contra preconceitos sociais, colocando os holofotes em personagens negros, LGBT, mulheres fortes, com deficiência e heróis com problemas psicológicos. Tudo isso em um período no qual todos esses temas sofriam um grande estigma social. 

Stan Lee criou figuras que muitas pessoas podiam se identificar e colocou no imaginário da população histórias não sobre seres extraordinários, mas sim, pessoas comuns que tinham potencial de fazer o extraordinário. Excelsior!