Djokovic diz querer 'seguir em frente' apesar de expulsão da Austrália no ano passado
O tenista sérvio está em preparação para a disputa do Aberto da Austrália
O tenista sérvio Novak Djokovic declarou que nunca esquecerá o episódio de sua expulsão da Austrália há um ano devido à não imunização contra a covid-19, mas manifestou o desejo de "seguir em frente" após retornar ao país para o início da temporada de 2023.
Em Adelaide desde a última terça-feira (27), o jogador disputará o primeiro torneio do ano antes de tentar chegar à sua 22ª conquista de um Grand Slam no Aberto da Austrália, marca que o igualaria ao recorde de Rafael Nadal.
É a primeira vez que o sérvio retorna ao país após ter sido expulso no ano passado por não cumprir com o requisito da vacinação obrigatória contra a covid-19.
O tenista abordou o episódio conturbado após realizar um treino de preparação nesta quinta (29) para o torneio de Adelaide.
"Isso faz parte das coisas que não saem de você, que ficam dentro de você, pelo resto de seus dias", confessou o jogador de 35 anos, acrescentando que "nunca passei por nada parecido e espero nunca mais passar".
Mas Djokovic também expressou o seu desejo de "seguir em frente", abordando as boas-vindas que recebeu ao chegar à Austrália no início da semana.
"Só estou aqui há dois dias, mas todos têm sido muito legais e extremamente amáveis comigo", disse, reforçando que sempre se sentiu bem na Austrália.
"Sempre joguei o meu melhor tênis e fui muito apoiado, espero ter outro grande verão", acrescentou o jogador que faturou o Aberto da Austrália em nove ocasiões.
O sérvio terminou o ano de 2022 na 5ª colocação no ranking mundial da ATP após uma temporada conturbada, sem passar pela América do Norte, também por não estar vacinado contra a covid-19.
Não imunizado, o tenista tentou contornar a obrigatoriedade da vacina então vigente na Oceania em janeiro passado, o que foi rejeitado pelas autoridades australianas e custou sua expulsão do país após vários dias em um centro de detenção.
Djokovic ainda foi banido do território australiano por três anos, mas a medida foi revogada após uma mudança de governo no país ao longo do ano.