Isenção de tributo

Lula critica Bolsonaro sobre MPs de combustíveis, mas é corrigido por Haddad

Presidente eleito afirmou, erroneamente, que atual presidente acabou com desoneração de diesel, gasolina e do gás

Lula - reprodução/vídeo

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou nesta quinta-feira (29) o presidente Jair Bolsonaro, alegando que ele havia decidido acabar com a isenção de tributos sobre combustíveis. Porém, poucos minutos após a fala do presidente, a equipe de Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda, corrigiu o petista.

— Ele mandou uma medida provisória agora, acabou com a desoneração do óleo diesel, da gasolina, e do gás. Ou seja, exatamente faltando dois dias para ir embora, ele faz essa medida, quem sabe na perspectiva de achar que o povo vai colocar nas nossas costas — disse Lula, após anunciar os últimos 16 ministros de seu governo.

Os impostos federais sobre os combustíveis estão com impostos zerados até o próximo sábado. Depois disso, os tributos vão subir, mesmo já havendo uma previsão de manter a desoneração no Orçamento de 2023.

Nesta semana, Haddad disse que pediu ao atual governo para se abster de editar uma medida provisória renovando a isenção sobre os combustíveis.

Lula ainda disse que para reduzir o preços dos combustíveis “não precisava mexer com o ICMS”. Essa foi outra medida tomada por Bolsonaro neste ano, que patrocinou a aprovação de uma lei para forçar os estados a reduzirem o tributo.

— Eu poderia mexer com outras coisas, bastasse que a mesma mão que assinou o aumento assinasse a diminuição também. Isso vai acontecer a partir do momento que a gente montar a diretoria da Petrobras, porque ainda leva um tempo, porque tem toda uma legislação que rege as empresas estatais e nós vamos então fazer — afirmou o presidente eleito.

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Contudo, minutos depois, a equipe de Haddad soltou uma nota corrigindo o presidente eleito:

Na declaração de agora pouco, o presidente Lula se referia a duas medidas provisórias. Uma da semana passada, que trata da isenção de combustível para o setor aéreo, e outra desta quinta-feira, sobre o preço de transferência de multinacionais. Não se trata da MP do PIS/Cofins dos combustíveis.