Tecnologia como marca da Stellantis em Goiana; conheça as inovações na planta pernambucana
Planta industrial instalada em Pernambuco é a mais moderna da Stellantis e a 1ª produzir veículos conectados na América Latina
Planta mais moderna de todo o grupo Stellantis, além de ter sido a primeira da companhia a produzir veículos conectados na América Latina, a fábrica localizada em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, está sempre atualizada e pronta para receber investimentos em novas tecnologias. Essa tecnologia em que trabalhadores interagem com máquinas e dados para maiores alcances de assertividade.
Um dos projetos inéditos implantados na indústria pernambucana é o da tecnologia 5G, iniciativa feita em parceria com a TIM e Accenture. Após pesquisas, foram identificados diversos casos com possibilidade de aplicação da tecnologia, visto que a busca pela inovação se apresenta com o propósito de melhorar algo, como ganho de performance, redução de custo e eficiência ao processo.
“Entre os aspectos mais inovadores do uso dessa tecnologia no Polo de Goiana, podemos citar a capacidade de criarmos soluções de visão computacional, que é uma especialidade da inteligência artificial. Essa ação requer, ao mesmo tempo, grande poder de processamento e capacidade de enviar dados, pois as câmeras utilizadas precisam ter alta resolução”, comentou André Souza, CIO da Stellantis para a América do Sul.
A linha de produção da planta de Goiana conta com quatro modelos de veículos que podem ter mais de cem variações. Com isso, um dos processos que se torna muito crítico é a fixação de emblemas no carro, visto que existe a possibilidade de ter símbolos exatamente iguais, porém com cores diferentes ou diferenças na versão. Então, a tecnologia 5G chegou para reduzir as possíveis falhas.
“O uso de inteligência artificial associado à baixa latência do 5G promove um reconhecimento visual a partir do instante em que a câmera lê a sigla que o operador colocou no carro, e, automaticamente, busca no cloud privado da Accenture o reconhecimento e validação da sigla, e retorna informando se a que foi colocada no carro é a correta”, explicou Souza.
A Stellantis está com planos de continuar expandindo o uso de soluções com 5G. Neste momento, trabalha em um projeto para cobrir outras áreas da produção, além da avaliação da expansão da tecnologia para outras plantas no Brasil com o intuito de substituir conexões Wi-fi indoor e outdoor.
Carro conectado
Além das inovações na produção automotiva, a Stellantis também investe na plataforma tecnológica que conta com serviços de conectividade dentro dos veículos. A plataforma Adventure Intelligence by Jeep Connect permite que o condutor ou passageiro controle o carro remotamente mesmo quando ele estiver longe, acessando informações da saúde do seu veículo e se conectando à distância.
A tecnologia oferece assistência em tempo real, internet a bordo e navegação integrada para explorar novos caminhos com segurança e proteção. Alguns dos serviços da plataforma são Wi-fi para acesso a apps de streaming, podcasts e áudio books, navegação em tempo real com dados de trânsito, incidentes, pedágios, além de alerta preventivo em caso de furto.
Tecnologia na universidade
As inovações da planta pernambucana são desenvolvidas não só no espaço profissional da fábrica. Muitas vezes as soluções de problemas são iniciadas na área educacional. A Stellantis, em parceria com a Facepe, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, Universidade de Pernambuco (UPE) e participação da UFRPE, Univasf e Fábrica de Negócios, oferece bolsas de estudos para curso de pós-graduação Lato Sensu em Ciência de Dados e Analytics.
A formação de mão de obra especializada é direcionada para suprir a crescente demanda por profissionais para a indústria automotiva e para a unidade da Stellantis em Pernambuco. O curso vai para sua segunda edição em fevereiro de 2023, com a oferta de 16 vagas. Em 2021,já houve uma primeira edição do curso.
“A qualificação prevê disciplinas com a abordagem hands-on nas quais serão desenvolvidas soluções para os problemas reais da planta da Stellantis. Ao final, os protótipos desenvolvidos serão colocados em produção na fábrica melhorando ainda mais as condições de competitividade da empresa”, contou Alexandre Maciel, coordenador do curso na UPE.