Opinião

Perspectivas para a cultura e a educação

Com a posse da equipe ministerial que comporá a administração pública direta, junto ao presidente da República, é hora de aguardarmos o início dos trabalhos em 2023.

Certamente, após quatro anos de evidente estagnação (para não dizer pior), nas áreas da educação e da cultura, finalmente podemos retomar a esperança de que esses segmentos deixem o lugar para onde foram relegados nos últimos anos.

Sabe-se que, em todo o mundo, a Covid-19 deixou sua malévola marca, desde sua indesejável chegada em 2020. Entretanto, isso nunca poderia ter sido usado como escusa para se justificar o mau-trato que se teve para com segmentos tão vitais à formação humana.

Durante esses últimos anos, como se não bastasse o fracasso no comando da educação no País, que foram desde declarações infelizes e desumanas; passando por acusações de uso indevido da pasta ministerial, até o desumano corte de verbas federais, chegamos ao final do governo, sem sequer um resultado positivo.

Com relação ao tratamento dado ao setor cultural do País, o último quadriênio mostrou que esse nunca foi visto como importante, principalmente devido à ausência de um ministério próprio, só agora recriado.

Embora entendamos que não seja necessária a criação de uma pasta específica para cada área governamental, no setor cultural essa existência é indiscutível, dada a amplitude e riqueza temática que a envolvem, não podendo ser circunscrita em uma secretaria.

Observamos que no governo passado, nem com “status” de secretaria se conseguiu avançar, tampouco se manter o que já foi tão duramente conquistado em administrações antecedentes.

Pode até parecer que os auspícios presentes neste artigo estejam sendo otimistas demais, mas é que a própria conjuntura política que se avizinha provoca essas boas expectativas.

Além do sentimento democrático que norteou as eleições de 2022, com a escolha livre ao não reeleger o ex-mandatário, o novo governo já traz na bagagem a experiência de dois mandatos anteriores, em que foi conferida dignidade a esses setores essenciais ao crescimento de um país.

Obviamente, são muitos os desafios que o presidente terá adiante, mas a tacada na escolha dos nomes para compor o seu ministério já se revelou certa. Nomes como o do ex-governador do Ceará Camilo Santana e de Isolda Célia, no comando do Ministério da Educação já falam por si.

O êxito no desempenho educacional do Ceará já é conhecido em todos os cantos do País e até lá fora.
Por essas e outras fechamos 2022, sob grandes esperanças e boas expectativas, desejando a todos os leitores e leitoras, prosperidade e realizações em 2023!



*Defenson Público do Estado de Pernambuco e professor


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