Justiça iraniana confirma condenação de manifestante à morte
Boroghani foi processado por ser "moharebeh" ("inimigo de Deus", em persa), um crime punível com a morte, e seu julgamento começou em 29 de outubro.
A Justiça iraniana confirmou a condenação à morte de um homem envolvido nos protestos desencadeados no país depois que uma jovem faleceu sob a custódia policial, informou nesta segunda-feira (2) Mizan Online, a agência de notícias do Poder Judiciário.
"A condenação à morte de Mohammad Boroghani foi confirmada em 6 de dezembro pelo Tribunal Supremo", declarou Mizan Online.
Boroghani foi processado por ser "moharebeh" ("inimigo de Deus", em persa), um crime punível com a morte, e seu julgamento começou em 29 de outubro.
Segundo Mizan Online, ele teria "ferido com uma faca um agente de segurança com intenção de matá-lo, semeado o terror entre os cidadãos e incendiado a sede do governo na cidade de Pakdasht", ao sudeste de Teerã.
A condenação à morte de um segundo acusado, Mohammad Ghobadlou, foi confirmada em 24 de dezembro.
Não há mais possibilidade de recurso para os dois acusados que podem ser executados a qualquer momento.
A Justiça iraniana anunciou que 11 pessoas foram condenadas à morte por sua participação nos protestos, mas para organizações de direitos humanos este número é maior.
Os protestos eclodiram após a morte, em 16 de setembro, de Mahsa Amini, após ser detida pela polícia da moral por violar o rigoroso código de vestimenta da República Islâmica, que obriga as mulheres a usarem o véu.