Ataque no México

Balanço de ataque contra prisão no México sobe para 19 mortos e 25 foragidos

Também ficaram feridos um carcereiro e 14 detentos, que, além disso, anunciou a captura de cinco agressores.

AFP

O ataque realizado no domingo contra uma penitenciária de Ciudad Juárez, no norte do México, deixou 19 mortos e 25 presos foragidos, segundo o balanço atualizado pelo governo nesta segunda-feira (2).

Um informe prévio dava conta da morte de dez guardas penitenciários e quatro detentos, e também relatou que 24 presos haviam escapado após o ataque atribuído a um grupo de narcotraficantes.

Mas o secretário da Defesa, Luis Cresencio Sandoval, confirmou hoje, em coletiva de imprensa, que dez guardas morreram no incidente, além de sete presos e dois agressores.

Também ficaram feridos um carcereiro e 14 detentos, acrescentou Sandoval, que, além disso, anunciou a captura de cinco agressores.

Entre os foragidos está o líder de um grupo aliado do cartel de Juárez em sua guerra contra o de Sinaloa, anteriormente liderado por Joaquín "El Chapo" Guzmán, condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos.

Trata-se de Ernesto Alfredo Piñón, "líder deste grupo criminoso conhecido como 'El Neto'", assinalou a secretária de Segurança, Rosa Icela Rodríguez, na mesma coletiva.

Piñón estava preso desde 2009 e foi condenando no ano seguinte a mais de 200 anos de prisão por sequestro e homicídio, segundo informações do Ministério Público do estado de Chihuahua (norte).

O ataque aconteceu ao amanhecer de domingo, quando familiares dos detentos estavam em formação para a visita de ano novo, e o esquadrão, que chegou em veículos blindados, abriu fogo contra os guardas.

Nesta segunda, as forças da ordem continuavam mobilizadas em busca dos foragidos e dos outros integrantes do comando armado.

Ciudad Juárez fica próxima da fronteira com os Estados Unidos e é estratégica para o tráfico de drogas.

Com capacidade para 3.135 detentos, mas ocupada atualmente por 3.901, a prisão atacada já foi cenário de diversas disputas entre grupos rivais e rebeliões, entre elas uma que deixou 20 mortos em março de 2009.